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1 de maio de 2016

{DOMINGoT} A vida após o Hype

Semana passada, graças a algumas dificuldades orçamentárias combinadas a minha rinite - e claro, a extensa propaganda - gastei uma boa parte de meu final de semana assistindo uma maratona de Game of Thrones na HBO (que estava com sinal liberado).

Li os três primeiros livros da 'Canção de Gelo e Fogo' e assisti as três primeiras temporadas do seriado da HBO, parando no primeiro episódio da quarta, e, ainda que goste bastante do começo (o primeiro livro e a primeira temporada são espetaculares), perco bastante o pique com o que vem depois (sem spoilers, só a forma que pra mim é bastante covarde de terminar a guerra no terceiro livro, ainda mais quando se planejam mais quatro continuações).

Assistindo de braçada a quinta temporada (perdi pelo menos uns três ou quatro episódios entre idas ao banheiro, mudança de canal para acompanhar os jogos e simplesmente por tédio), percebi que não perdi exatamente tanta coisa assim até porque boa parte do desenvolvimento da história nessa estrutura fragmentada é leeeeeeeeeeeeeeeeento. Tão lento que não duvido que a revelação se Jon Snow está morto de fato ou não (e mais importante se haverá alguma salvação mágica ou outro tipo de ressurreição maluca) se dará mais pro final da sexta temporada que qualquer outra coisa.

Com isso acabei baixando o primeiro episódio do jogo da Telltale (o mesmo pessoal que fez os ótimos Walking Dead e The Wolf Among us), contando a história dos Forrester, que são uma casa do Norte e, bem, que tem basicamente a mesma história dos Stark (nobre vai à guerra, bastardo/vassalo que vai para a muralha, filha que vai servir em Porto Real, outro filho que está na região desértica de Essos/Meereen), com algumas diferenças bem pequenas. No geral é serviço para agradar fã, contemplando os montes e montes de personagens famosos da série (na verdade principalmente Tyrion e Jon Snow que vão aparecer várias vezes) na linha direta contra os personagens, mas francamente eu gostei.



É uma história simples, direta e que tem uma boa linha de opções na estrutura da Telltale que impõe decisões difíceis (e ações questionáveis). E o fato que é tão fácil gostar desses personagens - na verdade eu gostei mais dos apresentados no episódio 2, Asher e Rodrik (na verdade ele é apresentado no primeiro capítulo, mas não tem um papel memorável lá - na verdade eu até achei que Rodrik tinha morrido no primeiro capítulo...).

Asher é meio que o Senhor das Estrelas de Chris Pratt em Guardiões da Galáxia (com a mesma atitude inclusive), e, ainda que existam personagens assim na série (o amigo/guarda-costas de Tyrion, Lorde Bronn é basicamente isso com menos senso de humor), enquanto Rodrik surge como um líder com a difícil missão de ao mesmo tempo que debilitado (e com sua casa e poder ruindo) precisa mostrar força e manter a compostura.
Outros personagens tem, obviamente histórias interessantes, mas pra mim foram essas as histórias que mais prenderam a atenção.

Não muda muito a minha opinião geral sobre a 'canção do Gelo e Fogo' (ou a série da HBO, no que importa), e francamente a Telltale precisa consertar bastante coisa para continuar produzindo esses jogos. A história e personagens valem a pena... O jogo em si? Jesus, não me lembro de tempos de carregamento tão longos desde que instalei o Windows Vista! E, em virtude de precisar de mais perspectivas, cenários e locações (ao contrário dos exemplos anteriores de Walking Dead ou Wolf Among Us), a qualidade e resolução destes cenários acaba pagando o preço com imagens pré-renderizadas que parecem aquarelas mal feitas, assim como o delay se tornou bem mais palpável que me iterações anteriores.

No fim, vale a pena conferir, principalmente para quem ficou na fissura do seriado - ou está na fissura dos livros esperando o sexto que talvez nunca seja lançado...

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