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19 de abril de 2016

{Editorial} Nota de repúdio a Jair Bolso(reacio)naro

Por mais que seja fácil dizer simplesmente 'Sieg Heil' toda vez que alguém menciona o nome do covarde deputado, por mais que seja fácil apontar que não seja muito difícil que a tradicional família desse senhor seja de generais deportados após uma certa guerra mundial, por mais que seja fácil criticar e ironizar essa figura vil e repulsiva, acho que se faz necessário um breve instante sério e coeso para dizer no tom mais claro o que vejo deste assunto.

Sei que é uma opinião compartilhada por muitos, mas acho necessária formalizar assim mesmo, porque indiferente de posicionamento político - seja de direta, esquerda ou centro - caráter e índole não podem faltar.

E caráter é a grande palavra, pois entendo brutalmente o quanto o comentário do atroz deputado pode ser defendido pela liberdade de expressão como uma condição em seu direito - e, por mais que me doa, admito que há razão nessa bandeira, acho sim que todo e qualquer ser humano deve ter seu direito de dizer o que bem queira e o apeteça. Mas que arque as conseqüências.

Defender os monstros e criminosos generais da ditadura brasileira com um sorriso irônico é como chegar em um funeral e praticar sapateado sobre o caixão. E defender um monstro que acha normal e natural esse tipo de comportamento, não é algo que farei por aqui.

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