Ao que, eu imagino, parece bastante peculiar pelo tom da música (com as palmas, o tom setentista e os bonecos e astronautas canadenses...), levando a uma conclusão óbvia do passamento do astronauta, inclusive mais peculiar porque a morte de Tom acontece por volta de 1:30 e meio antes do fim da música!
Mas... A verdade é que fica claro que Tom não morre, inclusive voltando algumas décadas depois em canções como Ashes to Ashes de 1980 (em que se infere que Tom só chegou ao espaço com alucinógenos) e a estranhíssima Hallo Spaceboy de 1995 (que inclusive é a despedida ao personagem, partindo para o sono eterno), ainda que as conclusões sejam histórias variadas, confusas e, bem, com quase quinze anos entre cada capítulo.
Agora, o grande ponto, e se o ponto todo não fosse da trágica viagem de Tom, mas sim o primeiro capítulo de sua nova aventura?
Sim, Tom está sozinho, perdido e abandonado no espaço, e como a música termina? Curiosamente otimista, deixando um tom claro de que não é a morte que aguarda Tom, mas o esplendor do espaço.
O som não diminui para algo funéreo ou deprimente, ao contrário. Há um certo otimismo após o fim do vocal até a última nota tocada.
A nave não é seu túmulo espacial e sim um casulo de onde ele renascerá como algo mais - alguém mais (o Ziggy Stardust de três anos mais tarde?), inclusive porque por um bom período posterior, Bowie compôs várias músicas com tonalidade espacial que tinham um tom parecido.
(Aqui entramos em terreno de mera especulação, destaca-se)
Life on Mars de 71 é um bom exemplo - que, facilmente pode ser ouvida já na seqüência de Space Oddity como se fosse uma continuação - e o álbum The Rise and Fall of Ziggy Stardust de 1972 que traz algumas canções que remetem ao tom e tema (como Starman e Ziggy Stardust principalmente).
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