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11 de julho de 2015

Isso não é um cachimbo

Quer saber o jeito perfeito de estragar uma história?
Comece ou termine dizendo que é apenas um sonho.
Não que isso vá impedir alguém de puxar conversa dizendo que sonhou com você, com sua irmã que se mudou para o Paraná ou com o seu tio que morreu atacado por um periquito australiano amarelo há uns dezenove anos atrás...
Honestamente nunca entendi o propósito desse tipo de conversa... O que você responde?
"Ah, você sonhou com minha tia-avó Carmensita dançando num palco ao lado do Elvis? Que legal... E essa chuva, hein?"
Eu já tive minha bela quota de sonhos estranhos, alguns bem divertidos que renderam e rendem algumas histórias curtas (que eu sempre tento não informar que foram um sonho), algumas histórias malucas que eu não tenho mais certeza se foram sonhos, más memórias etílicas ou aconteceram com outra pessoa...
Sonhos podem ter interpretações, podem ser sinais de alerta com ramificações freudianas complexas sobre a natureza de nossas próprias almas, e podem não significar absolutamente nada.
Se existe algo que nosso cérebro gosta é de nos pregar peças.

Às vezes um cigarro é só um charuto, às vezes ele nem ao menos é um cachimbo.

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