Semana meio corrida sem tempo para ler material novo, aproveito para revisar o que comprei por aqui em terras brazucas mesmo...
Flash - Seguindo em Frente
(Roteiro: Francis Manapul e Brian Buccellato, Arte: Francis Manapul, 196 páginas, Panini Comics - republicando as edições 1 a 8 de Flash de 2011).
Divertido, bem escrito e muito bem desenhado.
Tá, é verdade que a ficção científica vai e volta em alguns pontos (algumas teorias bem escritas e conduzidas, outras falham na execução com ideias que soam ridículas - ou tão ridículas como usar a 'Esteira Cósmica' possa fazer parecer uma ideia). E sem dúvidas a arte de Francis Manapul é um show a parte.
Simples, sem grandes firulas mas que consegue construir cenas com um destreza que poucas vezes se vê, e com sua habilidade na construção e cadência o artista consegue criar um ritmo perfeito para as histórias do velocista escarlate.
Eu admito que não sou fã do Barry Allen por meus motivos (cresci com o Flash pós-Crise e toda a excelente construção de personagem de Wally West, lidando com o legado do falecido tio, o peso da responsabilidade... Algo que teve um peso todo pessoal pra mim com a situação do falecimento de meu pai e questões similares - lidar com legado e peso da responsabilidade de seguir os passos de alguém), e posso dizer que a dupla consegue estabelecer novos rumos para o personagem de forma a torna-lo mais interessante.
Não vai reinventar a roda nem desafiar o leitor, porém diverte.
E às vezes isso basta.
Nota: 8,5/10
Aquaman - As Profundezas
(Roteiro: Geoff Johns, Arte: Ivan Reis, 148 páginas, Panini Comics - republicando as edições 1 a 6 de Aquaman de 2011).
Eu gosto do trabalho do Geoff Johns... No Flash, e em boa parte do que ele fez para a Sociedade da Justiça. E só.
Não sei o que acontece... O cara até tem algumas ideias interessantes às vezes, até faz alguma coisa que chame a atenção (sua longa fase à frente do Lanterna Verde é demonstração disso), e aqui no Aquaman eu vejo o trabalho mais fraco do autor de que me lembre (é, eu li o primeiro capítulo de Forever Evil e achei pior mas a ideia persiste).
É uma insistência em bater na tecla 'Aquaman é foda' vez após vez como se a questão dele ser visto como uma piada fosse a justificativa para criar uma série em defesa ao personagem ao que sobram momentos e cenas para justificar isso.
Só que... Bem... Peter David já fez isso.
Com um design mais semelhante a Netuno e incrivelmente mais fodão (declarando sozinho guerra ao Japão!), fica difícil ver com bons olhos o trabalho do Ivan Reis, e olha que ele está em seu melhor!
Vale pelo excelente trabalho do brasileiro, e nem é uma história de todo ruim.
Só não é imaginativa, nem criativa, nem brilhante (insisto novamente em Peter David).
Nota: 5,5/10.
Doutor Destino & Doutor Estranho Triunfo e Tormento.
(Roteiro: Roger Stern, Arte: Mike Mignola, 88 páginas, Panini Comics republicando Doctor Strange & Doctor Doom Triumph and Torment de 1989).
Essa é uma de minhas histórias favoritas, e em minha opinião é um dos melhores trabalhos do Mike Mignola, e Roger Stern consegue construir um roteiro espetacular com uma história cheia de reviravoltas e com o que é, no meu ver, a melhor caracterização tanto do maior vilão do universo Marvel (o Doutor Destino, não confunda com o demônio Mephisto, mesmo que ele estampe parte da capa e seja o antagonista da história) quanto do quase sempre ignorado e desprezado Doutor Estranho. A interpretação de Stern sobre a história de Fausto com a conclusão jogando o Doutor Destino no inferno para resgatar a alma da mãe é o tipo de sacada brilhante que mostra a sagacidade do autor.
Já li essa história umas duas ou três vezes e continuo perplexo pela qualidade, e tenho certeza que lerei mais duas, três, dez vezes.São histórias como essa o motivo pelo qual eu leio quadrinhos.
Nota: 10/10
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