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11 de junho de 2015

RESENHAS DE QUINTA - Excepcionalmente, parte 1.

Essa semana as 'resenhas de quinta' atrasarão dois dias - sairão Sábado - com uma resenha mais detalhada sobre as duas primeiras semanas de novos títulos da Nova DC pós Convergence.
O que significa ainda é cedo pra dizer, mas as primeiras impressões estarão aqui.

Daqui um mês o mesmo sobre a Marvel pós Secret Wars ou seja lá como se chame o mega-evento da vez (só mais um que eu não acompanho).

O geral dessa atitude das editoras de eliminar a cronologia de suas linhas editorias é misto.
É verdade que algumas das mais importantes e impactantes histórias em quadrinhos de todos os tempos foram escritas alheias à continuidade e qualquer noção lógica de inclusão em um universo de quadrinhos maior que seu próprio contexto (Reino do Amanhã de Mark Waid e Alex Ross, Cavaleiro das Trevas de Frank Miller, Sandman de Neil Gaiman, Watchmen de Alan Moore até Batman Ano Um do Frank Miller, mesmo que seja um exemplo estranho por servir como uma nova origem pro personagem e redefinir sua cronologia)... Outros grandes autores trabalharam muito bem dentro da continuidade e fizeram trabalhos excelentes também (Grant Morrison com seu Homem Animal, James Robinson com o Starman, Chris Claremont com suas quase três décadas nos X-men e títulos X em geral - mesmo que não seja o melhor exemplo pelos altos e baixos a longo de tanto tempo - e claro, Alan Moore redefinindo as séries mensais com A Saga do Monstro do Pântano).

Os que defendem que a cronologia limita a criatividade de um roteiro tem de lembrar que 'criatividade' é um conceito relativo quando o autor é um Scott Lobdell ou Rob Liefeld. Bons autores conseguem tirar leite de pedra, e exemplos estão aos montes por aí - e maus exemplos de autores ruins fazendo péssimos trabalhos autorais também, de novo Rob Liefeld lançou uma nova série bíblica chamada Covenant, que é tão bom quanto o Malafaia poderia achar.
Sério, qualquer pessoa que tentar recomendar essa série (ou definir a qualidade de quadrinhos autorais ou de criatividade autoral como algo positivo a partir desse exemplo) só pode receber a reação do brilhante Bender Bending Rodriguez;

Oh, espere: Você está falando sério? Deixe-me rir ainda mais.

Em geral, pode resultar em boas coisas (e só essas duas semanas já trouxeram boas novas séries pra justificar) e pode dar merda (e nessas semanas existem alguns bons exemplos disso também), e ainda que comercialmente pareça uma decisão mais inteligente a curto prazo (personagens com setenta-cinquenta anos de histórias acabam com brechas melhor estabelecidas para aproximar novos leitores), no médio-longo não há uma definição tão clara (afinal, como a cronologia é desimportante, o Darwinismo entra em ação, e só sobreviverá o que tiver maior qualidade). 

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