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3 de junho de 2015

{RESENHA} Constantine - Primeira (e última?) temporada


Quando eu fiz a resenha de Demolidor, o que eu mais quis foi, logo em sequência fazer uma do recém-cancelado-porém-não-morto seriado Constantine, e antes de mais nada eu realmente quis assistir todos os episódios.

Constantine segue uma dinâmica bem diferente de Demolidor - monstro da semana com um plot maior que aparentemente entrelaçaria uma história maior (só que essa história maior meio que foi pelo cano com o fim abrupto da série) - e é uma adaptação mais no sentido de 'ligeiramente baseado no personagem e universo ficcional (algo parecido com o que a DC fez/faz em outros seriados como Arrow ou Smallville).

O grande problema pra mim, já de começo, é o que eles resolveram fazer, desde o começo.
Pra quem não sabe, eu sou um grande fã do personagem 
Sem dúvidas o ator escolhido é perfeito para o papel, mas os acertos meio que morrem por aí e isso é uma merda.
A versão do personagem é mais pasteurizada e mais próxima da versão atual pós reboot (menos cigarros e cinismo mais hocus pocus) e o grande problema dessa versão é que, bem, isso não o torna nem uma vírgula diferente de qualquer personagem mágico já criado.
E esse é exato o oposto do ponto do personagem!!!

É o que ele diz para Alan Moore como sendo o segredo da magia (que qualquer cuzão pode usá-la), é o que ele luta constantemente em suas boas histórias - a moralidade da situação e o que ou quem o colocou na posição de decidir o destino e ação do mundo pelo uso de magia. Ainda mais quando suas decisões para usar magia são constantemente mesquinhas e egoístas (para aplicar golpes pequenos na maioria, mas vinganças cretinas também entram pra lista) e mais frequentemente que não a magia em seu universo parece algo arbitrário e confuso, mais próximo da fina linha entre loucura e realidade.

Uma das maiores sacadas do personagem é justamente ao admitir que é um trambiqueiro e viver feliz com isso... E esse é o primeiro ponto que me frustra com a série - Constantine usando cartões de visita como 'exorcista' tentando ser levado a sério...

Existem muitos defeitos (Chas imortal, o roteiro inconstante e inconsistente que mais parece preocupado em encaixar quanto mais coadjuvantes quanto puder que em formar uma trama coerente ou mesmo uma razão coerente para os personagens se envolverem/interessarem), só que o que REALMENTE me surpreende é que alguns episódios são realmente bons (A Feast of Friends e Danse Vaudou são excelentes; The Saint of Last Resorts enquanto tem uma primeira parte boa, ferra tudo com a parte 2).

Isso mesmo, eu estou tão chocado quanto qualquer leitor que chegou até aqui comigo dizendo o quanto é uma droga e eu desavergonhadamente admito que alguns episódios são bons.
Poucos, uns dois ou três no máximo, mas ainda é um número impressionante para um desastre de trem de tamanhas proporções. E a série realmente funciona quando se prende mais ao universo de quadrinhos que quando tenta voar sozinha.

É uma pena, pois de todo o material hoje adaptado como série, se existe um que realmente me interessava era esse. Adoro o material fonte, e por enquanto vou me manter com esse (inclusive amanhã faço uma resenha para minhas duas mais novas aquisições da série).

Nota 5,0/10.

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