{RAPITORIAL} Quase escrito por José Simão

Muitas notícias, muito pouco tempo para discuti-las eis que surge a ideia? Porque não escrever como uma metralhadora ensandecida e disparar cada ideia inútil que sai da minha cabeça? Funcionou pro José Simão...

1) Pensar em redução de maioridade penal como solução para o sistema penitenciário é como querer emagrecer sem fazer dieta e/ou exercícios. Pode até dar certo, claro, mas seria a exceção não a regra.

(Ainda mais quando o sistema jurídico é tão moroso e falho que manda gente inocente pra cadeia);

1.1) E não me venha falar do excelente modelo americano (claro que é excelente se você só conhece através de seriados como o CSI e Law and Order - e até eles mostram exemplos da brutalidade policial - e ignora o que aconteceu em Ferguson ou no Texas).

1.2) Ainda mais quando dados do Uruguai, de Portugal, da Holanda e outros países (incluindo os EUA em estados que legalizaram a maconha) mostram a diminuição da crimes e violência em geral após a liberação de drogas...

2) Sim, o pessoal da Parada Gay chutou o pau da barraca e pegou pesado demais com o uso de imagens religiosas.

2.1) E daí?

2.2) Se existe uma parcela da população que tem direito hoje em dia são justamente os homossexuais. Quem perde mais direitos que eles (de início ao casamento mas muitos mais, como a de tratamento igualitário no lugar de serviço - já que podem sim ser demitidos por sua orientação sexual, ainda que a empresa precise maquiar tal demissão pra não pegar mal - ou de crime - já que assassinar alguém pela sua orientação sexual não é visto como nada demais) graças a interferência religiosa?

3) Biografias não autorizadas agora foram autorizadas? Esperando a do Roberto Carlos e suas histórias perseguindo os Thundercats antes dele ser essa forma decadente...

3.1) Não, sério. Só as histórias sobre como ele colaborou com a ditadura para ferrar a carreira de jovens talentos ou cantores que pudessem arruinar seu 'reinado' como o Simonal já taria de ótimo tamanho.

4) Dunga comemorar vitória em amistoso e a Globo tentando reverter a imagem queimada da seleção brasileira em meio a um enorme escândalo de corrupção da Fifa (que obviamente tem dedinhos da e na CBF)...

4.1) Mas o pior mesmo é ver teoria de conspiração sobre o 7 x 1...

4.2) No Brasil suspeito é culpado, mas futebol que é televisionado ao vivo para milhões de testemunhas (e com registros de árbitros, comissões e 'n' outros oficiais para garantir o evento) sempre existe brecha para dúvida.

5) A Folha publicou uma matéria explicando que trabalhador brasileiro rende 1/4 de alguém com mesma função nos EUA... Só não falou a (nada pequena) diferença de salário entre a linha do equador, mostrando mais uma vez o jornalismo isento e cheio de credibilidade de quem verifica informação antes de publicar.

Seguindo o padrão Folha, até o Steven Spielberg aplaude:

6) Rodrigo Constantino escreveu defendendo a construção de mais presídios que escolas.

6.1) É isso.

6.2) Sério. Não tem nenhuma piada ou comentário satírico para essa.

6.3) Juro!

6.4) Rodrigo Constantino é aquele sujeito que publicou um vídeo depois da eleição dizendo é rica e que vai pra Miami e que esses pobres brasileiros tinham mais é que se foder, não foi?
6.5) Se não foi, tem alguma diferença?

7) Semana de estreia do filme da Fifa e do novo Jurassic Park... Duvida cruel sobre qual assistir. Claro que as duas são ficção, mas não sei o que é mais difícil acreditar: Que Sepp Blatter um dia já foi honesto ou que é possível treinar velociraptors...

8) Qual a função do G7? Reunir gente num lugar luxuoso para discutir coisas que eles não vão fazer e preencher algumas lacunas de noticiários?
8.1) Então basicamente a mesma de qualquer BBB?


E pra terminar uma singela homenagem a um excepcional ator que faleceu essa semana: Christopher Lee. Um excelente ator - mais que isso, uma verdadeira lenda.
Poucos são capazes de viver vilões e ainda manter uma aura simpática ao ponto que às vezes eu me via torcendo pelo vilão (tá que nos prólogos de Star Wars não é tão difícil assim).
Que descanse em paz sabendo que fez um excelente trabalho, e mais que isso permanecerá por muitas décadas (quiçá séculos) sendo lembrado.