Black Widow vol 1 - The Finely Woven Thread
(Roteiro: Nathan Edmonson, Arte: Phil Noto, Marvel comics, US$10,99, 137 páginas reunindo as edições 1-6 da série Black Widow de 2014)
Faz tempo que essa série estava na minha pilha de leitura, e eu nem sei porque não li antes...
A Viúva Negra sempre foi uma das minhas personagens Marvel favoritas - acho que desde a época em que ela fazia parceria com o Demolidor, e, olha que isso faz tempo, mas ela também foi uma das melhores líderes dos Vingadores que eu me lembro.
O que aconteceu, ao que lembro, é que li a primeira edição e não me empolgou, e, vendo no encadernado, sei bem porque... Ao contrário do que se faz hoje, as histórias são bem individuais e muito pouco interligadas, e, não é que seja ruim (Warren Ellis fez o mesmo no seu reboot do Cavaleiro da Lua mais ou menos na mesma época de 2014), é que não motivou a continuar.
Li, achei morno (ainda que lindamente ilustrado) e não vi motivo para ler as próximas edições.
Confesso: Me arrependo.
A série consegue misturar vários dos gêneros comuns de espionagem, entre o mais clássico jogo de intrigas e conspirações de John Le Carré e algo cinemático (e obviamente mais estúpido que coerente) como Missão Impossível e traz um roteiro inteligente e envolvente como poucos.
Falta um pouco de ousadia, talvez um senso maior de perigo e tensão ao apresentar uma ameaça digna da 'agente/vingadora/assassina' que a capa anuncia, afinal, por mais que ela esteja enfrentando quinhentos vilões armados ao mesmo tempo (enquanto ela só tem uma presilha de cabelo) é bem claro que ela vai escapar com um sorrisinho e uma tirada sarcástica/arrogante, e depois de umas duas vezes que isso acontece levanta a dúvida ao leitor se ela corre algum perigo efetivo.
De toda maneira sem dúvidas é um material bem legal para apresentar a personagem a leitores mais novos e até para reapresentar a personagem de maneira mais abrangente no novo contexto do universo Marvel.
De toda maneira sem dúvidas é um material bem legal para apresentar a personagem a leitores mais novos e até para reapresentar a personagem de maneira mais abrangente no novo contexto do universo Marvel.
Nota: 8,0/10.
Giant Days #1
(Roteiro: John Allison, Arte: Lissa Treiman, Boom Studios, US$3,99, 25 páginas, março de 2015)
Eu preciso admitir e dizer antes de mais nada com a voz mais grave e máscula possível: Esse é o gibi mais de menininha que eu já li na vida.
Não, não é verdade. Não se resume só a esta mídia (pra mim pelo menos, mas eu já ouvi sobre os horrores que é Crepúsculo).
E por favor, não digo que é de menininha por abordar o universo feminino através do trio de universitárias Daisy Wooton, Esther De Groot e Susan Ptolemy com seus dramas novelescos adolescentes/jovens adultas, e sim pela forma branda e mais água com açúcar possível. É como se Girls (o excelente seriado da HBO) fosse dirigido por Ned Flanders.
Mas, devo admitir, não é ruim, e, nem o fato de ser tão de menininha consegue diminuir o talento do roteiro de John Allison e mais que isso a arte fantástica de Lissa Treiman (que admito é o grande chamariz pro título).
É inteligente, tem uma dinâmica legal entre as personagens e é... Desculpe, vou engrossar a voz de novo...
Verdade seja dita: É inteligente, é um projeto bem conduzido - série limitada que pode ou não render continuações - e entende bem suas próprias limitações (estúdio pequeno com visibilidade reduzida portanto melhor fugir de polêmicas).
Não reinventa a roda nem muda todas as perspectivas sobre o que eu sei de quadrinhos (ou qualquer outro leitor, a menos que seja o segundo quadrinho que ele/ela leia na vida), mas é bem legal. São dois talentos que merecem maiores oportunidades.
Nota: 8,5/10
Eu preciso admitir e dizer antes de mais nada com a voz mais grave e máscula possível: Esse é o gibi mais de menininha que eu já li na vida.
Não, não é verdade. Não se resume só a esta mídia (pra mim pelo menos, mas eu já ouvi sobre os horrores que é Crepúsculo).
E por favor, não digo que é de menininha por abordar o universo feminino através do trio de universitárias Daisy Wooton, Esther De Groot e Susan Ptolemy com seus dramas novelescos adolescentes/jovens adultas, e sim pela forma branda e mais água com açúcar possível. É como se Girls (o excelente seriado da HBO) fosse dirigido por Ned Flanders.
Mas, devo admitir, não é ruim, e, nem o fato de ser tão de menininha consegue diminuir o talento do roteiro de John Allison e mais que isso a arte fantástica de Lissa Treiman (que admito é o grande chamariz pro título).
É inteligente, tem uma dinâmica legal entre as personagens e é... Desculpe, vou engrossar a voz de novo...
Verdade seja dita: É inteligente, é um projeto bem conduzido - série limitada que pode ou não render continuações - e entende bem suas próprias limitações (estúdio pequeno com visibilidade reduzida portanto melhor fugir de polêmicas).
Não reinventa a roda nem muda todas as perspectivas sobre o que eu sei de quadrinhos (ou qualquer outro leitor, a menos que seja o segundo quadrinho que ele/ela leia na vida), mas é bem legal. São dois talentos que merecem maiores oportunidades.
Nota: 8,5/10
Batgirl #35
(Roteiro: Brenden Fletcher e Cameron Stewart, Arte: Babs Tarr, DC Comics, US$3,99, 25 páginas, outubro de 2014)
Falando em oportunidade: Cameron Stewart ilustrou algumas edições de Batman Inc (nada muito memorável, diga-se de passagem), Fletcher escreveu uma das histórias de Wednesday Comics (uma sacada legal que não vingou) e não tem maior destaque que isso e a novata Babs Tarr... Bem, é a novata Babs Tarr.
Juntam em um único título, que não tinha qualquer rumo além de ser a versão adolescente e feminina do Batman, e surge uma nova perspectiva para a personagem ao enfatizar o adolescente e feminina e deixar mais de lado a história toda do Batman. Sim, sim, ela combate o crime e é filha do Comissário Gordon, mas é uma história muito maior e sobre muito mais que isso.
Dada a oportunidade a essas três notas de rodapé da história dos quadrinhos moderno e temos uma bela reconstrução da personagem ao aproximá-la da realidade e contexto dos jovens modernos - e essa fantástica capa ao lado ilustra isso brilhantemente. Em um mundo em que super heróis são celebridades, porque imaginar que jovens fantasiados não veriam uma certa glamorização nessa empreitada?
Se vai render ou manter o pique, é outra conversa (e eu genuinamente não faço ideia apesar de ter à disposição as edições 36-40 para ler), mas o começo é muito bom.
Nota: 9,0/10.
O único lançamento da semana, o único título que eu já mencionei nas resenhas anteriores (e fiz uma resenha do primeiro volume pro Universo HQ) e cuja nota é obviamente 10, mas acho que merece um pouco mais de elaboração.
A história traz um excelente tom de mistério e horror, intercalando bem a progressão dos eventos com tiradas de humor negro e uma bela e sucinta referência à primeira edição da série (com uma sequência bastante similar aos eventos nela apresentados), desta vez trazendo uma personagem mais consciente dos eventos e com o que está lidando.
E é espetacular.
Moore é um mestre na arte da narrativa visual, e seu roteiro não deixa nada a desejar.
Se você perdeu tudo até agora da série, essa edição não é convoluta em eventos passados para te confundir, mas com toda a certeza é a isca perfeita para te prender.
Falando em oportunidade: Cameron Stewart ilustrou algumas edições de Batman Inc (nada muito memorável, diga-se de passagem), Fletcher escreveu uma das histórias de Wednesday Comics (uma sacada legal que não vingou) e não tem maior destaque que isso e a novata Babs Tarr... Bem, é a novata Babs Tarr.
Juntam em um único título, que não tinha qualquer rumo além de ser a versão adolescente e feminina do Batman, e surge uma nova perspectiva para a personagem ao enfatizar o adolescente e feminina e deixar mais de lado a história toda do Batman. Sim, sim, ela combate o crime e é filha do Comissário Gordon, mas é uma história muito maior e sobre muito mais que isso.
Dada a oportunidade a essas três notas de rodapé da história dos quadrinhos moderno e temos uma bela reconstrução da personagem ao aproximá-la da realidade e contexto dos jovens modernos - e essa fantástica capa ao lado ilustra isso brilhantemente. Em um mundo em que super heróis são celebridades, porque imaginar que jovens fantasiados não veriam uma certa glamorização nessa empreitada?
Se vai render ou manter o pique, é outra conversa (e eu genuinamente não faço ideia apesar de ter à disposição as edições 36-40 para ler), mas o começo é muito bom.
Nota: 9,0/10.
Rachel Rising# 33
(Roteiro e arte: Terry Moore, Abstract Studio, US$3,99, 23 páginas, maio de 2015)
O único lançamento da semana, o único título que eu já mencionei nas resenhas anteriores (e fiz uma resenha do primeiro volume pro Universo HQ) e cuja nota é obviamente 10, mas acho que merece um pouco mais de elaboração.
A história traz um excelente tom de mistério e horror, intercalando bem a progressão dos eventos com tiradas de humor negro e uma bela e sucinta referência à primeira edição da série (com uma sequência bastante similar aos eventos nela apresentados), desta vez trazendo uma personagem mais consciente dos eventos e com o que está lidando.
E é espetacular.
Moore é um mestre na arte da narrativa visual, e seu roteiro não deixa nada a desejar.
Se você perdeu tudo até agora da série, essa edição não é convoluta em eventos passados para te confundir, mas com toda a certeza é a isca perfeita para te prender.
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