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16 de janeiro de 2015

Qual o mal de censurar?

Essa questão da Charlie Hebdo sobre os limites da liberdade de expressão ainda que muitas vezes discutidas e o que é ou não ofensivo, ainda que pra mim seja bastante simples (liberdade é sempre liberdade, as sanções tem de existir após o ato, não antes E liberdade de expressão sempre mais importante que dogma religioso e liberdade de culto).

O papa disse nessa semana que é importante permear as ofensas, e eu acho esse discurso ofensivo, de tão vago.
O que é ofensivo? A animação Rio (e sua continuação) traz(em) um retrato horrível do povo brasileiro (preguiçosos, ambientalmente criminosos - responsáveis pelo desflorestamento, pelo tráfico de animais e mais uma dezena de outros crimes ambientais - e em iguais partes incompetentes - um doutor em biologia formado no Brasil acha que consegue se comunicar com aves...).

Mas existem exemplos piores. como a questão do aquecimento global/mudanças climáticas que ainda existe gente querendo 'discutir' como se fosse sujeito a debate (por acaso a gravidade está sujeita a discussão? Desde quando para a ciência fatos requerem algo mais que comprovação?) ou as ridículas manifestações de gente contra a imunização das crianças (juro, se você nunca ouviu disso, prepare-se para ficar chocado[a]: http://www.cracked.com/funny-7953-anti-vaccine-movement/)
São absurdos ofensivos a qualquer pessoa com um cérebro e que evocam discussões inúteis...

Se esses imbecis se acham no direito de debater algo inútil como a necessidade de imunização à crianças para dezenas de doenças (porque acham que a imunização mata mais crianças que as doenças fariam), porque debater religião como a Hebdo é a única pedra fundamental que deve se manter intocável?

É a Inquisição Espanhola queimando Galileu por formular fatos que conflitavam com a visão de mundo deles... É a Igreja Católica excomungando Charles Darwin por sua teoria da origem das espécies (que é bem verdade, prova de maneira categórica que Deus pode até existir, só não é exatamente muito útil ou necessário para a manutenção geral do grande esquema das coisas).

Acho que quem sumariza tudo isso de maneira mais brilhante é ninguém menos que o maior power trio canadense do mundo RUSH! Com o clipe de malignant narcissism - algo como Narcisismo maligno - o grupo destrincha a evolução das religiões sob forma de uma árvore genealógica, brilhantemente elaborada. Se não fosse só pela música, o clipe vale muito a pena de ser visto - ainda que possa ofender alguns dos mais sensíveis...


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