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16 de junho de 2025

{Resenha lixo} Predador Assassino de Assassinos

A franquia Predador sofre de uma crise de identidade, que, honestamente não faz muito sentido pra mim, e, sofre disso justamente porque não sabe ou consegue definir se quer ser uma franquia de terror ou de ação.

Isso funciona para o primeiro filme que joga o monstro alienigena para enfrentar o ex-governador da Califórnia (que era um grande astro de filmes da ação naquele ponto da história), mas a continuação joga um monstro alienígena dessa mesma espécie para enfrentar a ameaça conjunta de Danny Glover e Gary Busey, e as coisas não melhoram conforme a franquia chega no século XXI com uma criança autista sendo a maior ameaça que os monstros alienigenas já enfrentaram. E não ajuda muito que tanto Batman, Superman e agora Wolverine e Homem Aranha já tenham enfrentado as criaturas...

E, obviamente, em todos estes exemplos, os monstros espaciais com tecnologia vastamente superior são superados de novo e de novo pela engenhosidade humana... O que não me convence muito e francamente me mostra que a franquia só não sabe muito bem o que está fazendo ou porque.

A melhor sacada para os personagens veio através de novelizações e quadrinhos onde os monstros espaciais se tornaram inimigos ferrenhos dos xenomorfos de Alien em uma guerra interplanetária que transcorre por séculos, mas quando eles se demonstram como antagonistas de personagens humanos, bem, eles são bastante patéticos e não parece haver qualquer interesse em mudar isso oferecendo uma perspectiva mais ameaçadora e interessante para a mitologia do Predador (efetivamente como uma terrível ameaça imparável).

E a antalogia de 2025 Predador: Assassino de Assassinos não ajuda nem um minúsculo milimetro para avançar isso.

Os predadores são derrotados em quatro ocasiões diferentes (em três eras diferentes na Terra e uma quarta vez no planeta deles - e em superioridade numérica). 

E, olha, a animação é fantástica, os personagens interessantes (com exceção do último - um norte-americano da segunda guerra mundial que, além de irritante, colocá-lo em pé de igualdade com os outros dois, ou mesmo capaz de vencer uma nave espacial de altíssima tecnologia com um teco-teco que mal se aguentava no ar, é no mínimo ridículo), e um roteiro coerente e consistente com essa visão do Predador, que eu honestamente não acho nem que funcione e nem que seja interessante...

Quer dizer, na primeira história, nos é apresentada uma guerreira Viking fodona numa jornada de vingança, e, somente após concluir sua jornada somos apresentados ao primeiro Predador (que usa uma máscara que evoca a figura de Grendel, e, inclusive é chamado por esse nome pelos seus adversários), mas se, ao contrário a guerreira viking se deparasse com um rastro de sangue e destruição e nisso seu caminho se cruzasse com o do Predador coincidentemente, além do impacto maior do personagem para a história, isso funcionaria muito mais para mostrar a ameaça e o poderio vastamente superior do monstro espacial.

Ao contrário vemos uma viking que luta como uma super-heroína (com golpes que parecem bem mais aqueles que vemos do Capitão América em jogos da Capcom), e somente depois de sua jornada vemos alguma mínima ameaça do Predador em uma longa e impossível luta que não funciona em condições normais de temperatura e pressão (droga, a Viking luta por minutos embaixo da água congelante com um alienígena melhor equipado) e só reforça que a personagem é bem mais super-humana que qualquer outra coisa...

E francamente não melhora com as outras histórias (ainda que aquela no Japão feudal seja a melhor das três, a história na segunda guerra é horrível e existe uma conclusão após para arrematar a coisa toda e, pra mim não funcionou). 

Se você quer alguma bobagem para desligar o cérebro por pouco mais de uma hora, existem coisas piores, mas, honestamente, não precisa procurar muito também para achar coisas beeeeem melhores, inclusive nessa franquia.

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