Com um time reunindo Tom King e Mitch Gerads de novo após Sr Milagre, é fácil causar expectativas imensas, e ainda que é verdade que Adam Strange (ou no caso Strange Adventures - Aventuras Estranhas) não seja um nome tão interessante quanto o Novo Deus e toda a mítica ao redor dele (sim, Darkseid é).
Mais que isso, com duas edições até o momento não tivemos exatamente uma história empolgante e memorável a ponto de, bem justificar as expectativas. Sim, tudo indica que a história vá apresentar capítulos bem intrigantes e um mistério já vai tomando forma e destaque desde o começo (mas principalmente no segundo volume), só falta um, perdoe meu francês mas je ne sais quoi.
Sim, há um mistério, sim há uma história intrigante, sim existe um tema interessante com uma arte genial de Mitch Gerads extrapolando cenários fantásticos do insano mundo de Rann - assim como dos cenários mundanos da Terra - e o roteiro de Tom King contando a história de um herói de uma guerra curiosa (e sem testemunhas) remete a alguns dos melhores trabalhos de Tom King (Omega Men, Xerife da Babilônia)... Só falta um pouco mais de força, de impacto e/ou peso nos eventos para realmente chamar a atenção do leitor.
Talvez isso venha na edição 3, ou na quatro ou não venha em nenhuma delas, mas, até o momento é algo bem mais parnasiano que de fato uma revolução ou evolução lógica ao último ótimo trabalho da dupla.
Nota: 7,5/10.
Similarmente, no caso do Lanterna Verde escrito por Grant Morrison e com arte de Liam Sharp tem uma excelente arte (com cenários fascinantes e peculiares que a arte de Liam Sharp vai destacando - e até mesmo despirocando conforme as edições avançam) enquanto o roteiro de Grant Morrison vai criando confusões cada vez mais psicodélicas e absurdas... Que, ao meu ver, infelizmente, só vão ficando mais esdrúxulas e menos coesas conforme a história avança.
Sofri pra terminar o volume 1 - e o extremamente confuso epílogo Blackstars, que é numa realidade alternativa que não é alternativa mas no final é alternativa mesmo (eu acho) - e com os atrasos devido a pandemia estou com um pé bem atrás com o já pouco empolgante volume 2. Morrison não está nem de longe em um de seus trabalhos mais interessantes e com toda a bizarrice e loucura de vírus inteligentes carregando anéis energéticos a drogas alienígenas vendidas pela Terra, passando por vampiros transdimensionais que querem constituir uma força galática para controlar toda a realidade - enquanto Deus dá as caras para comprar a Terra em um leilão espacial - fica difícil discernir uma história ou mesmo algo que ressoe como uma mensagem para essa coisa toda.
Isso é uma analogia, metáfora ou alguma sátira? A que especificamente...?
Parece muito com uma versão séria (ou sem piadas, se preferir) de Ricky e Morty sabe? E não consigo imaginar isso como uma coisa boa em qualquer sentido.
Nota: 5,0/10
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