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19 de dezembro de 2019

{Resenhas de Quinta} Homem Aranha: Longe de Casa Há mais de uma semana (2019)

Esse é o pior filme de super-heróis de todos os tempos...? Não sei nem acho justo comparar um material com cacife para chamar Samuel L Jackson e Marisa Tomei para serem coadjuvantes de luxo com um filme do Justiceiro que nem teve verba para a icônica camiseta com a caveira no peito...

Mas acho justo comparar com outros filmes do próprio Homem Aranha, e do MCU como um todo, e puta merda é difícil aceitar esse filme como tolerável... Sim, sim, mesmo ruim pra caramba ainda é mais agradável ver Tom Holland como o herói aracnídeo que o sem graça blasé e sem talento Andrew Garfield, mas isso não é desculpa.

Justamente o contrário. Com todo o apoio que o filme tem (milhões para gastar com efeitos especiais, com atores e locações), produzir um material tão estúpido é, bem, algo quase admirável.
Quase.

Venom do ano passado estava bem perto de ser pra mim o pior filme da franquia (ao menos até o Morbius de Jared Leto ser lançado), e eu pouco ou nada falei do filme porque, bem, eu tenho pouco ou nada para dizer do filme. Não gosto de Venom, acho que a direção foi porca e as escolhas ruins... MAS MESMO ASSIM, as decisões tomadas naquele filme fazem muito mais sentido e contextualizam um universo muito mais interessante que o mundo que Longe de Casa tenta criar.

Um mundo em que o finado Tony Stark continua perseguido por vilões que querem destruí-lo e seu legado (e que enxergam o quanto o cara era de fato um vilão, enquanto a população geral idolatra o cara), e não obstante, age de maneira estúpida (muito, muito, muito estúpida) ao legar a um moleque ainda no colegial um dispositivo altamente perigoso! Sem backups, sem uma segunda chave para confirmar as decisões de um moleque no colégio... Sem nada!
Ah, e Stark é visto como um herói nobre e incontestável (apesar, de, sabe, ser o responsável por Ultron e toda a morte causada por ele e toda a destruição causada na Guerra Civil, e, claro, pela decisão de manter a diferença de 5 anos quando trazendo as pessoas de volta à vida ao final de Ultimato).

Um mundo em que Jonah J Jameson (de J K Simmons novamente) revela a todo o mundo a identidade do Homem Aranha como uma terrível ameaça (mesmo que, bem, o universo cinematográfico da Marvel não veria o aracnídeo como uma ameaça - pelo contrário, um herói registrado e Vingador pivotal para a derrota de Thanos).

Ou que Mysterio é mais um inimigo do Homem de Ferro que do Homem Aranha, e que ao invés de um gênio dos efeitos especiais é alguém com habilidades praticamente sobrenaturais, mediunicas e além de qualquer explicação além de um episódio de Scooby Doo.

E eu nem cheguei a comentar os Skrulls, a tentativa ridícula de mencionar um multiverso (pra abrir a porta para que Tom Holland faça uma voz na próxima animação da Sony) ou todas as subtramas que parecem diretamente reprises pioradas do filme anterior.

Nota: 2,5/10

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