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31 de outubro de 2019

{Resenhas de Quinta} Fleabag and the city

Nota: 8,5/10
Não sei porque o show se chama Fleabag. Com traduções que seriam como 'saco de pulgas' ou 'espelunca' (que até faz sentido para o estabelecimento comercial do qual a protagonista é dona) não parece com algo minimamente coerente com o teor do programa... Nos créditos, a protagonista vivida por Phoebe Waller-Bridge é listada como chamando-se 'Fleabag', mas o programa não tende a se esforçar muito em nomear os personagens (tendo o 'gerente do banco' e o 'cara do sexo anal'), então não sei igualmente dizer se é um nome dado por pais hipongas (o que não parece muito o caso com uma irmã bem ajustada chamada 'Claire', e quem parece mais hiponga/porra-loca é a madrasta) ou se é só um apelido carinhoso/desdenhoso (que parece mais o caso).

Dito isso, o que eu realmente quero dizer é que apesar do nome, o seriado é bem legal e consegue se dar muito melhor que (muitos) outros seriados com protagonistas femininas lidando com temas tabus sobre sexualidade de maneira aberta, e muito disso se deve tanto ao brilhante roteiro como ao carisma espetacular de Phoebe Waller-Bridge e sua naturalidade em lidar com as câmeras, quebrar a quarta margem com enorme facilidade (que faz Ryan Reynolds e seu Deadpool pareça mero amador) somado a um elenco de apoio igualmente brilhante e temos um programa que consegue lidar com temas mais difíceis de maneira natural com elegância.

Verdade que por vezes, principalmente nos primeiros episódios, o seriado tenta bastante chocar e força a barra para isso (nem sempre funcionando de maneria eficiente)... Pelo contrário, a segunda temporada que é co-produzida pela BBC tem bem menos cenas apelativas e acaba bem mais interessante.

Vale pelo menos dar uma conferida no primeiro episódio pra ver se é do seu paladar ou não.

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