Como é que Mother Night (algo como 'Mãe Noite') virou 'O Espião Americano', você me pergunta? Bem... Porque a história é justamente sobre um espião infiltrado no governo nazista. Mas tão infiltrado, tão infiltrado que só ele sabia que era um espião...
Tá, tem um soldado que só ele conhece que pode provar a veracidade da informação mas é uma obra de Kurt Vonnegut então você precisa entender que dificilmente as coisas são tão simples e lineares... E justamente disso vem o título de uma obra da versão do discurso de Mefistofoles de Fausto de Goethe (o título provém de uma passagem sobre a escuridão dando lugar à luz).
Mas ainda tem muito mais, com toda a história, e envolve como se deveria imaginar, os racistas americanos e os paralelos entre eles e os nazistas alemães (sim, em 1961) e todo um emaranhado discutindo sobre culpa, dor e remorso, mas, talvez mais que isso o papel de apenas um homem no curso da história, e, como a história vai pintá-lo finalmente.
Eu achei brilhante, principalmente conforme a história vai desfraldando e mais e mais sobre o protagonista vai se revelando... Tem uma trama mais rocambolesca que não chega a lugar nenhum e nem é tão interessante (na verdade eu achei bem podre, mas não quero entrar muito nos detalhes para não dar spoilers) acerca de um interesse romântico ainda que não comprometa o resultado final.
No fim é um bom livro, que vale muito a pena.
Nota: 8,0/10
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