Nota: 6,0/10 |
Enquanto sei que minha avaliação do livro pode sim ser injusta, uma vez que se trata do livro 1 de 2 das Parábolas, bem, eu realmente vejo um livro perfeitamente completo com começo-meio-fim aqui, e por mais que algumas de minhas críticas possam facilmente estar no segundo livro, bem, só posso dizer que eu estava ciente da injustiça...
E na verdade eu acho que a maior injustiça mesmo se dê pelo fato que esse livro de 1993 me lembrou muito o filme Mad Max (de 1979) sem os motores V8... É um futuro pós-apocalíptico com as pessoas se virando como podem para viver/sobreviver e se adaptar da melhor maneira possível.
Enquanto é um livro muito bem escrito, eu realmente não consegui ver o que me foi prometido na ideia da sociedade de germinar no espaço (daí onde entendi o 'semeador' do título), que pra mim renderia uma ótima ficção científica, até é citado em algum momento do livro. E tem alguma coisa aqui ali sobre o espaço e programa espacial americano, mas não vi o suficiente para se destacar de outras tantas histórias de futuros pós apocalípticos...
Essa ideia da sociedade espacial no entanto parece mais para algo que Isaac Asimov fez em sua Fundação (a partir de 1942) que o material de Octavia Butler...
Essa ideia da sociedade espacial no entanto parece mais para algo que Isaac Asimov fez em sua Fundação (a partir de 1942) que o material de Octavia Butler...
A Parábola do Semeador é The Walking Dead sem zumbis.
Ou Mad Max sem carros/comboios...
O que realmente tem aqui que não nos outros...? Bem, uma enorme dose de religiosidade.
Octavia Butler expõe teses e mais teses sobre sua visão de Deus como mudança e adaptabilidade - o que é bastante apropriado para o tema - ainda que muito mais frequente que não pareça enormemente com um tom de pregação (ou soe assim pra um ateu, que é meu caso).
O que realmente tem aqui que não nos outros...? Bem, uma enorme dose de religiosidade.
Octavia Butler expõe teses e mais teses sobre sua visão de Deus como mudança e adaptabilidade - o que é bastante apropriado para o tema - ainda que muito mais frequente que não pareça enormemente com um tom de pregação (ou soe assim pra um ateu, que é meu caso).
Mas o que realmente me surpreendeu negativamente na edição da Morro Azul foi a necessidade de colocar perguntas ao leitor sobre o texto... Puta merda isso sempre me irritou.
Nunca gostei disso em livro nenhum, sempre achei desnecessário, buscando mais citações da obra que efetivamente uma interpretação ou compreensão mais aprofundada do texto/tema... E faz tempo que eu não vejo isso nos livros que compro - ao que realmente me surpreendeu na edição da Morro Azul.
Sinceramente até quero ver como a história continua pelo envolvimento com os personagens e pelo talento narrativo da autora, mas, francamente? Não vejo necessidade.
O fim consegue estabelecer de maneira mais que suficiente a história desses personagens e chegar a um ponto final.
Mais que isso é cair no clichê da conclusão de histórias de futuro pós apocalíptico com o protagonista morrendo e assim se encerrando o ciclo de sua narrativa.
Mas enfim...
Bom livro, não mais que isso, ainda mais com tantos materiais similares bem mais interessantes.
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