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24 de agosto de 2018

{Resenhas} Os noivos do Inverno - Christelle Dabos

Nota: 6,0/10
Eu gostei do livro de maneira geral. É bem criativo, bem interessante, e de começo a fim cria um mundo estranho e bastante peculiar, cheio de mistérios e segredos  escondidos a cada nova página.

Mas o final é uma merda.

É o final de "A Desolação de Smaug" na forma de um livro, e, tudo bem que está escrito bem ali na capa que é o livro 1 (e atualmente está no terceiro livro na França), mas porra, precisava terminar tão no ar assim?

Droga, tantos e tantos livros conseguem concluir suas tramas de maneira eficiente enquanto criando e desenvolvendo histórias maiores. A saga de Harry Potter é um baita exemplo disso, mas eu acho que O Guia do Mochileiro das Galáxias merece um prêmio ao ser capaz de terminar cada livro independente do próximo.

Gastam-se páginas e páginas na construção de uma ópera, nas explicações sobre ampulhetas e toda uma gama de personagens que não mais aparecerão (sim, eles morrem, mas se eu não digo quem são não é spoiler), e o livro termina assim no ar num elevador antes de ao menos ele chegar ao seu destino?

Não existe uma conclusão para a trama apresentada (o mote da protagonista Ophelie é que ela parte para o Pólo para se casar e francamente essa trama pode ir pra qualquer lado numa continuação pelos rumos ao final), e mesmo as tramas secundárias que vão se apresentando parecem longe demais de qualquer desenvolvimento efetivo.
Droga, muitas das coisas que ficam em aberto simplesmente não parecem assim tão interessantes para se desenvolverem. Podiam concluir justamente aqui e dar espaço para outras tramas ou o desenrolar de tramas diferentes ou acrescentar mais camadas e detalhes.

De novo, gostei do livro, achei muito bem escrito e muito interessante no geral, mas me irritou demais esse (não)final.
PS> E se um dos próximos livros partir para uma guerra total entre as diferentes facções da cidade Celeste eu juro que taco fogo no volume 1 e volto aqui para alterar a nota para 0... Isso é desnecessário e já foi feito à exaustão na ficção moderna.

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