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12 de julho de 2018

{Resenhas de quinta} MCU's Superman II (1980)

Nota: 6,0/10
Uma sequência do ótimo filme de 1978 com o mesmo elenco e dessa vez com menos Gene Heckman pois o vilão Zod (que aparece no primeiro ato do primeiro filme) surge para ser a grande ameaça enquanto Superman tem de lidar com uma enorme crise moral sobre suas escolhas? Tudo pra ser melhor que o primeiro filme em todas as escalas, certo?

E porque não consegue, então?

A versão simples é que Richard Donner acabou saindo (ou saíram com ele) no meio do projeto e o filme passou para a mão de Richard Lester, que fez de todo esforço possível para infantilizar a história em cada oportunidade. E Lester ainda é o responsável pela atrocidade que é o terceiro filme da série (sabe aquele com Richard Pryor inventando Kryptonita a partir de um computador antigão?), então você já pode ver onde a coisa toda vai...

Os vilões com os mesmos poderes do Superman vão ameaçar Metrópolis? Claro, porque não colocá-los bufando e soprando como o Lobo Mau? 

A história acaba somando mais e mais comédia e efeitos dramáticos são diminuídos para que conclusões tolas ocorram. Superman enfrenta três Kryptonianos numa luta sem contato ou proximidade e com golpes que não fazem sentido (ele arranca a logo do peito?), e talvez seja uma questão da indisponibilidade técnica do período (estamos falando de 1980 afinal de contas...), mas vamos lembrar que na mesma época O Império Contra-Ataca estava nos cinemas, então 'disponibilidade técnica' não é exatamente uma desculpa aceitável.

A verdade é que Lester é um diretor ruim que caiu de para-quedas no filme por uma longa briga entre os produtores e o diretor original (Donner - que trabalhou pesado para produzir o primeiro e o segundo filmes simultaneamente) e a qualidade final do material acabou comprometida.
Não é tão ruim quanto a série viria a ser, mas está longe do verdadeiro potencial - que a versão de 2006 com o corte do diretor mostra em grande valia - e acaba quase um filme da Marvel.
Muita piada forçada, vilões infantilizados que não ameaçam ninguém e histórias genéricas...

Quer dizer, o roteiro de Mario Puzo para a versão de Richard Donner não terminaria muito melhor - na versão de Donner, Superman volta no tempo de novo e faz com que o filme todo seja apenas uma alucinação coletiva - mas ao menos existia uma pequena e velada chance de que até o material chegasse a produção alguém percebesse o quão idiota seria terminar o segundo filme como o primeiro...

Fica difícil gostar, ainda mais sabendo que poderia ser melhor (e muito).
Mas perto do que vem depois até parece uma obra-prima...

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