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15 de março de 2018

{Resenhas de quinta} Tom King: Pouco Pior que um Visão

Nota: 9,0/10
Depois de Omega Men, Sr Milagre, Xerife da Babilônia e Batman é difícil comentar qualquer coisa nova sobre o autor Tom King.
Ele é um dos poucos autores da(s) nova(s) safra(s) a trazer algo novo para a indústria de quadrinhos e cada nova obra consegue de fato apresentar uma faceta que ninguém antes ousou tanger.

O Xerife da Babilônia mostrou os horrores da guerra no Iraque como nenhum livro ou filme ousou pensar. O Sr Milagre e os Omega Men do complexo industrial militar. E Batman, bem, dos absurdos e idiossincrasias do morcegão e sua missão.

Com o personagem da Marvel King não foge disso e parte para a revisão da noção do sintozóide como um homem de família (algo que já foi explorado quando o personagem resolveu se casar com a Feiticeira Escarlate - e ambos inclusive tiveram um casal de filhos), e a ideia por mais absurda que seja ou soe vai crescendo e se acumulando para todas suas conclusões ilógicas e reflexões sobre a humanidade.

Sem dúvidas é um dos melhores quadrinhos que a Marvel colocou nas bancas ainda que eu tenha algumas ressalvas e reservas sobre o título (não, não é a questão do preço absurdo da Panini é do material mesmo - sério, Panini? 40 reais por 140 páginas?), que acho que acaba destoando ou desfocando sobre o tipo de material...

Tem algumas cenas que me parecem perdidas ou que combinam mais com outros materiais da editora - como o preconceito contra os sintozóides que parece algo mais saído de X-men que qualquer outra coisa - e alguns momentos que me pareceram estúpidos realmente (tem uma trama sobre chantagem que ao meu ver se resolve de maneira tola e eu diria que até foi mal conduzida demais para a qualidade da história).

Não chega a comprometer ainda que não sejam pontos fortes. Os pontos fortes estão na interação entre os personagens e a brilhante dinâmica que King consegue fazer na contraposição entre imagens e texto (os recordatórios são um show a parte).
A arte de Gabriel Hernandez Walta merece destaque, sem dúvidas, pela maneira como casa perfeitamente com o estilo requerido para a história, permeando entre a lógica bruta e racional de uma máquina e o absurdo irracional do mundo que a cerca, e acredito piamente que poucos artistas seriam capazes de encapsular algo assim com tamanha competência.

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