Sim, é uma 're-resenha', no ponto em que eu já falei de Blade Runner 2049, mas a verdade é que dessa vez tem um bocado de coisas diferentes da primeira.
Não só eu li o livro no qual o primeiro filme foi baseado - e assisti o filme também antes de ver o longa de Denis Villeneuve - eu também pude assistir no meu ritmo ao filme, e, pude assistir em três sessões intervaladas, incluindo os filmes produzidos para servir de ponte entre o filme de Ridley Scott e o filme de Villeneuve, mas eu também pude refletir mais sobre o material, assim como algumas das (muito bem fundamentadas) teorias e explanações sobre o material do filme.
A do Nabokov com seu livro "Fogo Pálido" (que é o livro que K lê, e, que inspira a cena de recalibração no departamento de polícia) é só um exemplo.
E eu assisti a um filme diferente daquele que eu vi ano passado, assisti com um novo ângulo, como novos contextos (e possibilidades de comparação com o livro que eu não tinha lido por exemplo), e isso me permitiu tecer mais paralelos entre cada obra, uma vez que me pareceu que o filme de 2017 tanto se esforça para combinar as ideias propostas por Scott e suas diferenças para o livro como buscar integrar mais as ideias do livro sobre sociedade influenciando o indivíduo e sua tomada de decisões (esse é um peso substancial que se inclui na ideia toda do 'Messias' replicante nascido dos eventos do primeiro filme e que seria a esperança de todos os androides).
Sim, eu ainda acho que é o pior dos três, eu ainda acho que tem muitos defeitos (e que é longo demais é um deles), eu não mudei minhas opiniões acerca de muita coisa, mas eu vejo bem mais valor sobre o filme de 2017, inclusive vendo nele a inegável e inquestionável melhor continuação já produzida, com todo o zelo dispendido.
Acho até que vale mudar minha nota para um 9,0, talvez até mais.
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