Quando vi os primeiros episódios, meses atrás, minha reação foi meio de reservada consternação.
Eu não sabia o que diabos estava diante de mim, e, tinha dificuldade em imaginar que ou se isso poderia resultar em algo mais coerente e interessante...
E é verdade que existem várias ótimas sequências de uma beleza surreal, mesclando sonhos e narrativa de maneira absurda como somente David Lynch poderia imaginar fazer... E aí tem um cara com uma luva verde que ganhou super-poderes...
Poderia destrinchar mais dos pontos que me perturbaram nas escolhas e estruturas do seriado como o péssimo Jim Belushi que é um belo exemplo das cagadas no elenco, mas são o excesso de tramas paralelas que vão do nada à lugar algum, desenvolvendo muito pouco e acrescentando menos ainda - como o Michael Cera que aparece como filho de Andy e Lucy ou, bem, quase tudo sobre Nora, Ed e o RR --> Droga, não tinham resolvido essa trama deles em 1991 quando a série terminou pela primeira vez?
São muitos personagens, são muitas cenas que parecem avulsas ou pouco acrescentam à trama - como as apresentações de bandas aos finais de episódios, tomando entre cinco e dez minutos que poderiam ser melhor aproveitados conduzindo a trama...
Ou realmente ignorando essas histórias secundárias/terciárias que não são bem aproveitadas (de novo, dois exemplos enormes ali, mas tem mais um bocado destas por todo o seriado).
Inclusive, bem, porque não é como se todo mundo tivesse espaço nesse revival... Quer dizer, sei que trouxeram a Monica Bellucci (sim, você não está lendo errado, talvez eu só tenha escrito errado), mas não trouxeram a Lara Flynn Boyle (que viveu a Donna na série original, e, bem, era a melhor amiga da Laura e investigou o caso por boa parte da segunda temporada e, bem, mais uma cacetada de coisas que a manteve na série por bastante tempo).
São muitos personagens, são muitas cenas que parecem avulsas ou pouco acrescentam à trama - como as apresentações de bandas aos finais de episódios, tomando entre cinco e dez minutos que poderiam ser melhor aproveitados conduzindo a trama...
Ou realmente ignorando essas histórias secundárias/terciárias que não são bem aproveitadas (de novo, dois exemplos enormes ali, mas tem mais um bocado destas por todo o seriado).
Inclusive, bem, porque não é como se todo mundo tivesse espaço nesse revival... Quer dizer, sei que trouxeram a Monica Bellucci (sim, você não está lendo errado, talvez eu só tenha escrito errado), mas não trouxeram a Lara Flynn Boyle (que viveu a Donna na série original, e, bem, era a melhor amiga da Laura e investigou o caso por boa parte da segunda temporada e, bem, mais uma cacetada de coisas que a manteve na série por bastante tempo).
Pra mim tem muita gordura, ainda que passando por ela se chega a um suculento pedaço e alguns são realmente as coisas mais brilhantes que eu já vi produzida sob a forma de série.
São cenas surreais, são cenas absurdas, são cenas assustadoras (uma em particular é extremamente sútil e efetiva no final de um episódio enquanto sobem os créditos em que uma imagem sinistra simplesmente surge na tela como se não fosse nada) e mesmo cenas tocantes e comoventes.
Mas é inconstante...
Claro que com o advento do 'controle remoto' não há nenhum problema em passar pra frente alguns momentos menos lógicos - e mais idiotas - mas ainda fica a dúvida: Pra que?
Pra que correr atrás do Michael Cera, da Amanda Seyfried ou da Monica Bellucci e não de vários dos atores que fizeram a série original? Pra que nos mostrar Andy e Lucy escolhendo na internet o sofá para sua sala...? Porque fazer um revival de Twin Peaks com tão pouco tempo SOBRE Twin Peaks (boa parte da trama do agente Cooper se dá em Las Vegas e tem um bocado de tramas espalhadas pelos EUA todo)?
No frigir dos ovos, eu sei que tem muito mais aqui do que transparece à primeira vista.
Alguns fãs e gente mais observadora já destacou uma série de teorias e fatos curiosos (como músicas e cenas concomitantes compondo uma cena completamente diferente ou os dois episódios finais que podem ser assistidos simultaneamente com resultados impressionantes) e existe uma série de sacadas brilhantes (a repetição de padrões, como a filha de Shelly em um relacionamento abusivo, por exemplo, e, claro, o penúltimo episódio que é estelar - em grande parte pelo brilhante uso de imagens antigas ou muito bem editadas para parecerem antigas, e combinarem com as cenas novas).
Nisso fica até difícil julgar a coisa toda.
Como um todo, começa bem confuso, vai enrolando com tramas demais e tem uns dez bons momentos espalhados até o penúltimo episódio, onde fica realmente bom e termina bem morno.
Se fosse uma montanha russa, eu provavelmente recomendaria, como série?
Difícil...
Se fosse uma montanha russa, eu provavelmente recomendaria, como série?
Difícil...
Nota: 6,0/10
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