Nota: 9,0/10 |
Esse filme é o Batman... Ele pode não ser o filme que nós queremos, mas nesse momento é o filme que nós precisamos.
Um musical belo, elegante e ainda que não leve (como se sem substância) ele tem aquela leveza tonal, aquela alma mais otimista que observa com bons olhos mesmo as coisas mais horríveis e transforma e captura em um belo imaginário a cidade de Los Angeles.
E nesse momento, bem, todo mundo está precisando de um pouco disso, de um escapismo da realidade tenebrosa que nos cerca (fica difícil esquecer que Donald Trump tem controle do maior arsenal bélico do mundo, mas La-la-Land realmente se esforça em te distrair disso).
Tal qual O Artista em 2011 é o resgate de uma outra época de produção de cinema e isso transparece e salta aos olhos a cada momento, ao que eu acho difícil que, tal qual O Artista em 2011, este não seja o melhor filme do ano.
O filme tem defeitos? Claro que tem - o final anticlimático, a perceptível quantia de vezes em que, principalmente Gosling olha para os pés para realizar os passos (e que não ficaram na sala de edição) e bem, o fato que é um musical, gênero que não agrada todo mundo por melhor feito que seja...
Só que, mesmo assim, eu acho bem difícil não se envolver na excelente narrativa, na brilhante direção e nas mais que charmosas performances de Gosling e Stone. E sim, o excelente roteiro que consegue ser um tanto meta sobre a condição do cinema assim como um que de bastidores (a batalha da personagem de Stone para conseguir uma chance de ser reconhecida que é tão tangível e visível em milhares - se não milhões - de pessoas fazendo o mesmo).
Recomendo bastante assistir ao filme, com as ressalvas claras de que, bem, que não gosta de musicais dificilmente mudará de opinião - mas duvido muito que sairá da sessão querendo o dinheiro de volta.
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