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12 de janeiro de 2017

{Resenhas de quinta} A Trindade!

Superman 14 continua a excelente fase de Pete Tomasi e Patrick Gleason (que até agora mantém um histórico impecável com a DC com os excelentes Batman & Robin e Tropa dos Lanternas Verdes) que depois de trazer os anos 90 de volta com o Erradicador (primeiro arco), fazer uma justíssima homenagem a Darwin Cooke e sua Nova Fronteira e reunir e trazer o cross-over entre os filhos de Batman e Superman - e, em um ponto nisso tudo trazer o Frankenstein e sua S.H.A.D.E. de volta do limbo para uma bem divertida história - é a vez do Multiverso dar as caras e o que dizer?

Bem, pra começo é algo que faz jus aos absurdismos de Grant Morrison sem nenhuma falta.
É louco, é bizarro e incrivelmente divertido.
Mais que isso? É imperdível.

Tudo bem que é apenas o primeiro capítulo deste arco - mas o histórico destacado do primeiro parágrafo mostra que há mais que suficiente para justificar a empolgação.

Nota: 9,5/10


Continuando:


Wonder Woman 13 continua a me deixar perplexo.
Por um lado há muito a se elogiar aqui.

O roteiro de Greg Rucka é bem inteligente, sim, e as caracterizações além de constantes, trabalham cada personagem em suas peculiaridades, talhando suas imperfeições, incertezas em contraste com suas virtudes.

A arte de Renato Guedes é espetacular. Ponto.

Mas ainda falta algo... Muitos algos, eu ainda diria, porque essa hq simplesmente não me empolga.
Talvez no fato que a história soe truncada com a estrutura editorial (os números pares trazem uma história enquanto os ímpares trazem outra, que, ainda que pareçam independentes trazem uma série de elementos que reverberam na trama do passado e na trama do presente), talvez no fato que a protagonista, a Mulher Maravilha pareça sempre a personagem menos interessante da história - oras como uma versão de Mary Poppins conversando com animais e falando coisas sem sentido, oras como uma mulher guerreira durona e monossilábica que está confusa e perdida em um mundo que não criou...

Leio, leio e continuo a não entender como eu não consigo gostar desse trabalho.
Talvez ainda tenha o fato que eu vejo isso e comparo com a vastamente superiora versão de Brian Azzarello e Cliff Chiang atualizando os velhos deuses gregos a um enorme dilema mesclando Sandman e Game of Thrones - enquanto Rucka segue mais na rota do que fez a história da personagem, como a ênfase em Steve Trevor ou a vilã Chetah, ambos completamente ignorados por Azzarello... 
Nota: 7,0/10

Continuando:

All-Star Batman 5 traz a conclusão do primeiro arco da nova série com Scott Snyder com a, na melhor das hipóteses, irregular arte de John Romita Jr.
Focando no vilão Duas Caras - e no caos resultante de seu mais recente plano - a história consegue empolgar bastante criando momentum e aumentando exponencialmente os riscos num quê de Mad Max - Estrada da Fúria (com Batman e Duas Caras cruzando o país).

E o que é empolgante, cheio de reviravoltas, traições e plots que são de prender a respiração se conclui em algo que é a versão pobre de 'foi tudo um sonho'.

Nada se conclui, pouco se resolve (os principais problemas em um enorme Ex Machina, os problemas menores com Ex Machinas menores e igualmente estúpidos) e no fim estamos praticamente no mesmo ponto que no começo mas sem o menor senso de justificativa para a carnificina, violência e caos que se sucedeu.

No fim? Podia ser mais curto para um final tão tolo, ou podia ser mais longo para que as consequências dos eventos (e não essas conclusões precipitadas e sem graça).

Nota: 5,5/10

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