Se você não quiser ouvir falar em VR ou Realidade Virtual, bem... Compre um bom protetor auricular. Dos bons, daqueles que não deixam vazar uma vírgula de som, porque se prepare...
A partir de 2016 TUDO que se trate de entretenimento terá alguma coisa, de alguma forma interligado com VR. TUDO.
O Ocullus Rift próximo de ser lançado já anunciou compatibilidade com os videogames da nova geração (e a indústria de games já vem lidando e tratando do assunto há algum tempo - ao ponto que muita gente especulava que os consoles Xbox One e Playstation 4 só sairiam de fato quando a tecnologia estivesse pronta). O próximo console da Nintendo terá compactabilidade com um dispositivo (e se o novo Zelda tiver um quinto da qualidade de imagens com realidade virtual, prepare-se para ver demissões em massa de empresas).
Filmes? Pode apostar que eles embarcarão nessa onda para tirar alguns trocados a mais, seja com cenas extras para o blu-ray ou qualquer que seja a forma imaginada para tirar algum quinhão disso. Mais ou menos como foi com a onda e modinha do 3d (é, é, riam, eu comprei uma tv 3d).
Inclusive com o 4k vindo aí com mais força é a oportunidade de pensar em motivos para motivar gente a trocar seus televisores e aparelhos de blu-ray.
Inclusive, eu acredito piamente que essa será a tendência para os próximos anos para a venda de entretenimento sob a forma de discos. O incentivo para comprar um box de uma série ou algum show que seja, resida justamente na perspectiva de realidade virtual - o que, inclusive, será foda pra caramba, pois a perspectiva de ver um show como se você estivesse lá com a realidade virtual não é pequena.
E claro, a industria de entretenimento adulto já comprou a ideia, então... (É sério. Se você clicou no link e pensou que fosse só uma piadinha, eu não estou brincando com isso. Tem várias empresas do pornô fazendo filmes - e indo além disso - compatível com VR).
Creio - e aposto - que ouviremos ainda muito sobre o Uber, principalmente na medida que muitas empresas tentarão lançar o 'Uber da pamonha' ou o 'Uber do palito de dente' (eu queria usar fio-dental, mas vi que daria um duplo sentido, e, talvez gerasse interesse nele), mas, francamente, não vejo grande futuro nessa tendência e/ou mercado.
A verdade, inequívoca, é que o Uber é uma merda.
É uma merda para o trabalhador (ganha pouco e se expõe a enormes riscos além de criar atrito com profissionais credenciados na específica área de trabalho), é uma merda para o consumidor (como qualquer babaca que tenha um carro pode ser um trabalhador do Uber, bem, você corre um risco de pegar algum maluco sequestrador, membro da ISIS ou, pior que isso, fã do Eagles) e é uma merda (já tentou utilizar o aplicativo? Então, é uma merda...).
E os serviços derivados que surgem e surgirão com a pretensão de ser o novo Uber serão todos igualmente uma merda. Esse parágrafo impedirá alguém? Não.
Então prepare-se para ler várias notícias sobre o 'uber de...' ou o 'novo uber' e coisas do tipo, mas eu particularmente procurarei mais e mais notícias sobre o uber sendo barrado e tornado ilegal ou se transformando completamente em algo que seja bacana (a ideia, de fato, não é de todo mal).
A segunda grande tendência clara é proliferação ainda maior da internet das coisas.
Não é exatamente um conceito novo (pois a interconectividade entre objetos, aparentemente inertes e sem qualquer possibilidade de comunicação, como, vamos dizer, um tênis - que envia para seu celular a quilometragem que você correu, calcula quantas calorias perdeu e mais uma dezena de funções), mas 2016 com os primeiros carros controlados remotamente, a proliferação dos drones para uso comercial e, bem, nosso estilo de vida em que a internet constante e freqüente em tudo - e todo lugar - é a norma e não a exceção, a ideia já faz parte de nossa realidade.
Mas fará mais.
Todo tipo de empresa está trabalhando com isso - berços com wi-fi, espelhos que tiram selfies, geladeiras com sensores e comunicação com seu celular para avisar quando um produto vai vencer ou que está acabando, e, ainda sobre os veículos, avisos em seu celular para revisões, baixa no nível do óleo ou de qualquer fluído, e, provavelmente para bem mais que isso.
Se eu tiver que fazer alguma previsão, e, admito que é bastante modesta, eu acredito que graças a toda a situação em Brasília e às Olimpiadas teremos um ano razoavelmente tranquilo em alguns debates complexos temas sobre a internet que vem tirando sono de alguns desenvolvedores e mesmo usuários (as telecom vs o Whatsapp, por exemplo). Imagino que a regulação do setor surja, mas vá levar mais um ano, no mínimo.
Acho, inclusive, que será um ano bastante morno, sem nenhuma grande e reluzente tecnologia que nos fará repensar tudo sobre algum assunto. Sem pensar muito, acredito que depois do Oculus, o novo videogame da Nintendo seja o lançamento mais promissor do ano (é, não levo a menor fé no novo iPhone, ainda que saiba que os baba-ovo da Apple já façam fila para preencher cadastro de pré-venda).
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