Se existe um final mais anticlimatico que o final da segunda temporada de Fargo eu confesso que tenho de assistir ainda.
Não quero oferecer qualquer tipo de spoiler, mas, é um final tão distante e longínquo de qualquer conclusão que chega a ser assustador que ainda assim eu achei incrível.
É um final diferente daquela convenção de alta octanagem saindo pelo ladrão em que toda cena tem um tiroteio e todo mundo corre risco a cada momento. Sim, tem uma cena incrivelmente foda no começo (acho que nunca mais conseguirei ouvir War Pigs sem pensar em Fargo! Acho que também não vou conseguir ler Camus sem associar ao seriado também...)
O que eu vejo particularmente como o motivo para um final anticlimatico como esse ganhar o peso, produzir o impacto que produz consiste simplesmente em atender plenamente às expectativas do que é a filosofia da série, a ideia e lógica toda do projeto.
Há uma grande alegoria que vai se desfraldando aos poucos, episodicamente, cautelosa e metodicamente apresentando cada traço, fato e fator. Montando o gigantesco dominó e construindo todo o panorama para sem cerimônia destruir tudo na maneira mais espetacular possível!
(Duvido seriamente que seja possível resumir Fargo melhor que isso sem spoilers)
O brilhante é que, enquanto é a segunda temporada e, os eventos se passam décadas antes dos eventos da primeira, é interessante notar o senso de continuidade - e até de seqüência - dos fatos apresentados. De pontos, aparentemente aleatórios, que acabam se conectando nos dois cenários das temporadas.
De situações absurdas que estão relacionadas, com a expansão do cartel de Kansas City.
E isso é em parte a grande questão e o mote desse universo de humor negro e suspense filosófico.
São questões complexas que devem ser pensadas - é a sucessão de erros (ou teoria do caos se preferir) que forma o quadro maior ou eles aconteceriam de qualquer forma?
Estes personagens abraçam o absurdo ou estão tão alheios a ele que essa parece a reação?
Há tantas coisas boas para recomendar, há tantos grandes momentos (acho que o final do episódio nove traz uma das falas mais geniais já ditas por Kirsten Dunst em toda sua carreira), e os personagens são incríveis, carismáticos e mesmo os vilões seguem a linha de carismáticos até o ponto que são assustadores.
Uma das melhores séries que já vi, e a segunda é a melhor temporada até o momento.
Nota: 9,8/10
De situações absurdas que estão relacionadas, com a expansão do cartel de Kansas City.
E isso é em parte a grande questão e o mote desse universo de humor negro e suspense filosófico.
São questões complexas que devem ser pensadas - é a sucessão de erros (ou teoria do caos se preferir) que forma o quadro maior ou eles aconteceriam de qualquer forma?
Estes personagens abraçam o absurdo ou estão tão alheios a ele que essa parece a reação?
Há tantas coisas boas para recomendar, há tantos grandes momentos (acho que o final do episódio nove traz uma das falas mais geniais já ditas por Kirsten Dunst em toda sua carreira), e os personagens são incríveis, carismáticos e mesmo os vilões seguem a linha de carismáticos até o ponto que são assustadores.
Uma das melhores séries que já vi, e a segunda é a melhor temporada até o momento.
Nota: 9,8/10
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