Nota: 6,0/10 |
Iniciando as resenhas de quinta 'quando-der-zenais', que melhor que buscar a felicidade?
Que pena que seja num filme bem medíocre, mas às vezes a mediocridade é boa.
"Hector e a procura pela felicidade" de Peter Chelsom (não conhece? Nem eu... Mas o IMDB diz que ele dirigiu o filme da Hannah Montanna, então credencial ele também não tem...) traz Simon Pegg (como o titular Hector), Rosamund Pike (Clara, a namorada/noiva de Hector), Jean Reno, Christopher Plummer e grande elenco para traduzir em menos de duas horas a expressão 'Problemas de classe A'.
Ele é um psiquiatra com considerável sucesso, que tem uma vida estável e funcional (uma namorada perfeita - e eu não estou enfeitando isso) e por algum motivo ele surta.
Os problemas da Classe A entram quando ele em seu surto dá a volta ao globo passando por China, África e Estados Unidos numa 'pesquisa' que é a tal busca da felicidade do título. E diga-se de passagem ele se depara com alguns perrengues e vê severas adversidades por onde passa (então é preciso dar a mão à palmatória que com um pouco mais de talento poderia ser um filmaço, inclusive tem alguns relances de brilhantismo como na cena do avião, que é tão Wes Anderson que acho que nem o próprio Anderson faria melhor), ainda que no mais a mais seja bastante conveniente e resolvido de maneira cômoda demais...
No resumo mais fácil que eu posso fazer é uma dramédia que não mata ninguém. Uma comédia romântica meio sem sal nem açúcar que não vai estragar seu fim de semana nem ganhar prêmios ou entrar para a lista de filmes favoritos de qualquer pessoa.
Dito tudo isso, é um filme ideal para um primeiro encontro.
Fácil de justificar como escolha ideal. É uma comédia romântica - mais ou menos - com bons atores - não em boas performances, é verdade, mas é o aceitável de comédias românticas - com o tempo certo para não encher demais o saco, mas proporcionar pausas para alguns avanços amorosos... Também ajuda que não traz uma mensagem deprimente (o que corta o barato dum encontro) nem de todo ridícula (o que também pode cortar o barato dum encontro iniciando uma longa e tediosa discussão sobre como o filme é ruim... Já estive nessa, graças ao maldito Mamma Mia). Termina com uma mensagem otimista - o que é sempre bom num primeiro encontro - ainda que seja uma cena de casamento - o que já não é assim tão bom num primeiro encontro...
Além disso, o filme é medíocre o suficiente para medir expectativas e traçar os rumos do seu relacionamento daqui por diante.
Não é uma escolha que compromete, e por ter o brilhante Simon Pegg propicia outros filmes geniais com ele (Todo mundo quase morto, hã?) assim como uma expansão (o já citado Wes Anderson pela inspiração clara, e porque não Edgar Wright - que eu jurava ser o diretor desse filme).
Tinha potencial para ser um filme bem melhor, no fim é só 'meh'.
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