Quer dizer, primeiro é importante destacar que 'quando' é um ponto relativamente difícil de apontar na série. As duas primeiras temporadas tem episódios horrorosos (sério, perca alguns minutos e reveja os princípios da série) e mesmo que melhore e bastante a partir do fenomenal episódio com participação de Michael Jackson (que estreia a terceira temporada) ainda existem péssimos episódios como o retorno do irmão de Homer criando um aparelho que traduz os pensamentos de bebês (e cães)...
Entre a terceira e oitava temporadas estão a maioria dos episódios mais memoráveis do seriado, mas não significa que sejam as únicas temporadas com bons ou ótimos (ou mesmo excelentes) episódios.
Significa que a percepção sobre a animação mudou um pouco nesse período a partir de 1991 mudou bastante e, durante toda essa década de 90 (principalmente) foi bastante favorável ao show.
O primeiro motivo é que, a partir de 91 o merchandising sobre a série aumentou bastante, e com isso a percepção sobre os personagens da família amarela se dispersou.
Videogames (o clássico beat-them-up dos Arcades de 91 e os dois horrorosos jogos de Bart para o Nintendo e Super Nintendo de 91 e 92 respectivamente), camisetas, lancheiras e todo tipo de produto derivado.
Um dos motivos, inclusive, consiste nos valores bastante conservadores da série. Ainda que Bart faça pichações e, foi chamado de 'bad boy' por algum tempo... Ele é bem ponderado (costumeiramente se arrepende, aprende alguma lição de moral e demonstra algum crescimento) ainda mais perto de outros tantos garotos endemoniados de outras animações - como Cartman de South Park ou Stewie de Family Guy.
Esse também é um motivo importante: Entre 91 e 98, os Simpsons eram a única animação a dar certo na tv.
Com o sucesso das produções da Disney (A Bela e a Fera recebendo indicação ao Oscar de melhor filme, outras indicações de melhores canções para Aladin e O Rei Leão), além dos surgimento dos estúdios Pixar (com seu Toy Story de 1995) fica bastante clara uma demanda por desenhos de boa qualidade.
Com o sucesso das produções da Disney (A Bela e a Fera recebendo indicação ao Oscar de melhor filme, outras indicações de melhores canções para Aladin e O Rei Leão), além dos surgimento dos estúdios Pixar (com seu Toy Story de 1995) fica bastante clara uma demanda por desenhos de boa qualidade.
Sim, surgiram várias animações - algumas muito boas, obrigado, como Batman - The Animated Series e Animaniacs - mas as boas animações eram relegadas a horários de animações infantis, enquanto o horário nobre que os Simpsons dominavam trazia animações de inferior qualidade como Beavis e Butt Head ou o, pouco apreciado, 'O Crítico'.
Somente em 97 surgiu 'South Park', Futurama e Family Guy em 99.
Este, ao que vejo, é um dos principais motivos para justificar a resposta mais comum entre espectadores do show de que a série perde a qualidade a partir da décima temporada. É justamente quando surgem outras alternativas (inclusive superioras).
Mas não é só isso.
Durante o período acima citado (91-98) a série pode aproveitar uma brisa fantástica das grades televisivas norte-americanas (o custo de uma temporada de Os Simpsons, mesmo com seus melhores roteiristas - que na época precisavam mostrar serviço pois o programa não tinha o renome e a segurança de hoje - com toda a certeza era inferior a de meros episódios de alguns programas).
De forma similar, não existem tantos sucessos entre esse período.
Shows completando (e ultrapassando) as dez temporadas eram raridade! Mesmo Seinfeld terminou na nona! Chegar a uma terceira temporada era um marco...
Hoje? Não conseguir chegar a quinta temporada é sinal de fracasso!
(O novo seriado das Tartarugas Ninja de 2012, teve ao fim da primeira temporada a confirmação de PELO MENOS mais três temporadas!)
Droga, desde 2000 a qualidade dos programas (inclusive desenhos animados) tomou uma guinada esplendida! The Wire, The Sopranos, Arrested Development e isso sem contar um sem número de desenhos animados aclamados por público e crítica como Avatar da Nickelodeon, Hora de Aventura do Cartoon/Warner... Sem contar, obviamente, os shows do Adult Swim do Cartoon, como Rick e Morty.
Inclusive o canal Disney (com produções tipicamente destinadas a adolescentes e pré-adolescentes) produziu em seu Gravity Falls (um show sobre pré-adolescentes enfrentando criaturas sobrenaturais numa cidade no * do mundo, Oregon) algo mais contundente e, com desenvolvimento de personagens e situações de maneira mais adulta que muito que os Simpsons fizeram em suas 27 temporadas (com inclusive algumas piadas bastante adultas para um show voltado para pré-adolescentes) MESMO nas melhores temporadas da família amarela.
Droga, desde 2000 a qualidade dos programas (inclusive desenhos animados) tomou uma guinada esplendida! The Wire, The Sopranos, Arrested Development e isso sem contar um sem número de desenhos animados aclamados por público e crítica como Avatar da Nickelodeon, Hora de Aventura do Cartoon/Warner... Sem contar, obviamente, os shows do Adult Swim do Cartoon, como Rick e Morty.
Inclusive o canal Disney (com produções tipicamente destinadas a adolescentes e pré-adolescentes) produziu em seu Gravity Falls (um show sobre pré-adolescentes enfrentando criaturas sobrenaturais numa cidade no * do mundo, Oregon) algo mais contundente e, com desenvolvimento de personagens e situações de maneira mais adulta que muito que os Simpsons fizeram em suas 27 temporadas (com inclusive algumas piadas bastante adultas para um show voltado para pré-adolescentes) MESMO nas melhores temporadas da família amarela.
O fator nostalgia, obviamente, blinda bastante o show de seus momentos mais constrangedores, e, impede que alguns antigos fãs vejam os episódios mais novos como tão bons quanto os antigos ou ao menos como bons.
Pra mim, porém, o motivo é diferente...
A série perdeu a graça após o filme de 2007, pois é o momento em que mudam o dublador 'clássico' (e sim, eu sei que até 2007 são uns dois ou três dubladores diferentes) por, bem, esse atual, e, pra mim, por mais que ele se esforce ele está longe da voz que eu associo ao personagem e esse é um fator que me desconecta completamente.
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