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11 de dezembro de 2013

Grandes Clássicos dos Quadrinhos - Sandman (o mestre dos sonhos)

Muita gente já falou (e ainda fala) sobre Sandman, a saga mór de Neil Gaiman trazendo a vertente dos quadrinhos britânicos e - com ele dos artistas menos conhecidos do grande público, com uma arte mais 'suja' e até underground, de gente que dificilmente se adequa aos gêneros populares nos EUA, como o artistas Kevin Nowlan, Marc Hempel ou mesmo outros mais populares como Jill Thompson ou Charles Vess.

É interessante notar que a serie retrata muitas coisas ao mesmo tempo. Enquanto a vasta pesquisa de Gaiman traz logo de início uma breve demonstração do conteúdo que veremos no desenrolar da série - com o Rei demônio Roderick Burgess (figura real, que disputava no inicio do século XX o título de maior mago do reino unido com Aleister Crowley, que também é citado), a curiosa doença do sono que acometeu centenas durante o século XX e nunca teve exatamente muito de uma explicação e toda uma vasta cultura dos anos 80 (que se vê manifesta na participação de John Constantine ou nas figuras góticas, tanto de Morfeus, o senhor dos sonhos, como da Morte, sua irmã), além de muito mais, como história e fantasia confluindo e se misturando e confundindo.

A jornada do mestre do sonhos reverbera muito com uma questão de adaptação, de mudança. Gaiman, inclusive, uma vez perguntado como descreveria a saga em quinze palavras ou menos como "A jornada de um homem que precisa decidir entre se adaptar ou morrer".
Isso é, de fato, contemplado diversas vezes durante o desenrolar da série, inclusive no arco que considero meu favorito "Vidas Breves", quando o Rei dos Sonhos busca seu irmão perdido, Destruição, que séculos atrás havia abandonado o posto - e curiosamente as coisas continuaram a funcionar como se nada tivesse mudado.

J. H. Williams III

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