Capas dos seis volumes em capa dura coletando todas as 81 edições (mais extras - como mini-séries, entrevistas e mais algumas coisinhas). |
A jornada de Jack Knight - o Starman do título - é bastante conturbada, com muitos altos e baixos (inclusive na arte e no roteiro), mas há algo de particularmente interessante na forma como James Robinson abraça a conjoluta cronologia de desde 1938 da editora DC Comics em uma longa saga sobre família e legado (incluindo tudo o mais que existe entre os dois).
Jack é filho de Ted Knight, o Starman clássico da década de 40, e também dono de uma loja de quinquilharias/antiguidades (hábito que vai se desenvolvendo e trabalhando ao longo da série) e relutantemente tem de aceitar assumir o manto do herói protetor da misteriosa cidade de Opal (que vai ganhando sua arquitetura própria com o andar das edições), quando o irmão, David Knight, é assassinado no que é o início de uma rebelião pelo controle da cidade.
Há muitas questões sobre linearidade, sobre os contrastes entre o velho e o novo nesta série, e, sem dúvida, Robinson trabalha de forma soberba com a interação dos personagens e sua ambientação neste fascinante e bizarro mundo. Serve como um contraste aos violentos heróis surgidos nos anos 90 (mesma época de Jack) assim como uma notável atualização e homenagem aos personagens clássicos (como o pai de Jack, o Starman da época da 2ª Guerra Mundial, Wesley Dodds, o Sandman original - na capa do segundo volume - e muitos outros).
Uma longa e árdua jornada de um rapaz que precisa aprender seu caminho em um mundo povoado por gigantes (como o Superman que dá as caras no finalzinho da série)... Mas não estamos todos nesse mesmo barco?
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