A Comissão de Tributação e Finanças da Câmara dos Deputados aprovou uma lei que vai piorar muito a situação das mulheres no Brasil: o Estatuto do Nascituro (PL 478/2007). Entre outros absurdos, o projeto prevê que o Estado uma espécie de "bolsa-estupro" às mulheres que engravidarem de um estupro, e dá direito de paternidade ao estuprador
Gente... Gente...
O que mais falta...? O estatuto do criminoso?
Participação de lucros para bandidos?
Enquanto negamos a possibilidade de estruturar o planejamento familiar de maneira eficiente a toda a população em toda sua extensão e possibilidade, e algum imbecil no congresso surge com esse tipo de proposta é difícil levar fé nesse país.
Mas é de Ana Maria Costa (presidente do Cebes) o texto que melhor poderia dizer algo sobre essa barbárie contra o bom-senso:
Mas é de Ana Maria Costa (presidente do Cebes) o texto que melhor poderia dizer algo sobre essa barbárie contra o bom-senso:
"O direito das mulheres passa a ser precedido pelo direito do nascituro, ou seja, o direito de células que um dia poderão ser transformadas em um corpo de uma pessoa cassa os direitos das mulheres. Não parece um contrassenso, uma mutilação dos direitos das mulheres?
No meio de outras aberrações igualmente graves, o Estatuto do Nascituro propõe instituir a "bolsa estupro", uma violência contra mulheres e crianças como solução para a violência sexual que a mulher é vítima.
É como se a mulher se tornasse culpada pela violência sexual sofrida. Desta forma, será punida e obrigada a carregar pelo resto de sua vida as consequências dessa dolorosa situação. E as consequências para esta criança? Não há como desconsiderar.
É possível prever a dimensão e gravidade dos problemas que esse Estatuto produzirá para a saúde e a cidadania das mulheres. Caso seja aprovado, a história política do país, que pela primeira vez é conduzido por uma mulher, irá registrar o retorno das mulheres à tutela sufocante das moralidades misóginas religiosas que não as respeitam e que anula a luta e os direitos que vem sendo conquistados".
No meio de outras aberrações igualmente graves, o Estatuto do Nascituro propõe instituir a "bolsa estupro", uma violência contra mulheres e crianças como solução para a violência sexual que a mulher é vítima.
É como se a mulher se tornasse culpada pela violência sexual sofrida. Desta forma, será punida e obrigada a carregar pelo resto de sua vida as consequências dessa dolorosa situação. E as consequências para esta criança? Não há como desconsiderar.
É possível prever a dimensão e gravidade dos problemas que esse Estatuto produzirá para a saúde e a cidadania das mulheres. Caso seja aprovado, a história política do país, que pela primeira vez é conduzido por uma mulher, irá registrar o retorno das mulheres à tutela sufocante das moralidades misóginas religiosas que não as respeitam e que anula a luta e os direitos que vem sendo conquistados".
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