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18 de dezembro de 2025

{Resenhas despertas} Quinta ou Morto: Um mistério knives out! (sem spoilers)

O primeiro é melhor e enquanto o segundo é mais divisivo que eu também o acho melhor por tentar algo diferente (e mais interessante), mas, verdade seja dita, Vivo ou Morto (um mistério knives out) é um deleite pela atuação brilhante de praticamente todo o elenco principal.

Confesso que os títulos dos filmes vão fazendo menos sentido conforme a série avança, e, aqui particularmente existe o problema de que ele acaba meio que com um spoiler do que acontece na reta final da película (o que talvez se mostrassem nos minutos iniciais e retroagisse a isso talvez faria mais sentido com o título e assim criando mais suspense), mas, francamente só vejo que algum outro título funcionaria melhor. Se eu posso fazer uma sugestão (ainda que não mude com um filme já lançado) eu acho que Entre Padres e Segredos (ou Priests Out no original - ambos como alusão ao primeiro filme, Knives Out, Entre Facas e Segredos) funcionaria bem, mas, ei, agora já foi.

No entanto, existe algo que torna esse filme mais para um 'filme para tv' ou um 'episódio especial de um seriado' que propriamente algo para se ver nos cinemas e, mais especificamente, para servir de continuação para os dois que o precederam. Tudo parece menor e mais contido (uma cidadezinha de interior, um mistério pequeno envolvendo um séquito de personagens e principais suspeitos - e que fica na cara quem é o culpado bem antes da metade do filme), e nisso talvez até seja um problema dos projetos mais recentes de Rian Jhonson como Poker Face ou da própria Netflix de fazer deste material a terceira parte de uma série, quando podia facilmente ser um especial de Natal com alguns atores menores (eu acharia muito legal se trouxessem pro proejto gente como o Tony Shalhoub no papel do padre ou James Roday como o autor decadente ou Sherilyn Fenn como a carola devota pra um especial de natal de um serviço de streaming).

Mesmo que a atuação da Glenn Close seja espetacular e o Daniel Craig não desaponte como Benoit Blanc, eu genuinamente duvido que o filme seja lembrado na temporada de prêmios, e, o roteiro precisava de uma ou duas revisões (até porque acaba meio que mesclando elementos demais - na minha opinião - dos filmes anteriores sem criar algo novo e interessante por si só). Diria até mais que se fosse um especial dividido em duas partes com algum espaço para respirar entre os intervalos as revelações funcionariam melhor. 

Talvez o filme tenha no seu conflito principal (do dilema da fé) o tema mais espinhoso dos filmes até então, e, justamente na forma como conta a história e apresenta os personagens, talvez o filme não será bem recebido e visto com bons olhos pelo público - principalmente o público que gostou dos outros filmes. Religião é sempre controverso e os fanáticos que batem palminha pra desejas parabéns pra Jesus raramente aceitam críticas ou visões diferentes da deles, então quando um filme que tem como mote a mudança na perspectiva da religião que deixa de ser acolhedora para servir uma agenda fanática (e facilmente vista em tantas vertentes religiosas por aí), é fácil que pra essa galera pra quem a carapuça vai servir que essa galera xingue e fale que é a esquerda lacradora e canceladora e mais um monte de mimimi... 

Vale a pena, sem sombra de dúvidas, e, fazer uma maratona para ver os três na sequência é um ótimo plano para o fim de ano (muito mais que passar tempo com parente bêbado com brilhantes ideias de investimentos para seus negócios que ano que vem vão bombar com toda a certeza!). 

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