Hoje é dia das mães, e, por uma estranha e peculiar razão me faz lembrar mais de publicidade que de minha mãe (ou mães em geral se isso vale de alguma coisa).
Há um episódio de Mad Men em que Don Draper dá um pequeno sermão sobre datas como essa, sobre como foram criadas por caras como ele para ajudar a vender alguma nova marca de chiclete ou desengraxante...
E não que eu queira soar ingrato à minha mãe ou qualquer coisa do tipo, só que me atormenta um bocados os argumentos de que mais valha um belo presente num domingo arbitrário (que não é escolhido arbitrariamente, afinal é após o pagamento de salários em boa parte do mundo), é essa condição de monetizar tudo da forma que parecer mais oportuno para as necessidades mercantis do momento. E isso me assombra e atormenta.
De que valem sentimentos se não tem uma etiqueta com preço atrelada?
Nenhum comentário:
Postar um comentário