Ninguém sabe ao certo como começa, quem ou qual foi o primeiro a receber a mordida... A ser infectado...
Eles andam lentos, vagarosos e vão ganhando número.
Aos poucos, grupos tímidos se tornam aglomerações com uma inconfundível insuspeita tomando as ruas numa estranha sincronia. Logo são centenas, quiça milhares.
Passo ante passo, a multidão segue sem vontade própria ou desejos, movendo-se apenas por um instinto arcaico e perdido no córtex cerebral, provocando uma reação organizada e coletiva que todos os cientistas alegavam ter desaparecido no processo evolutivo e social.
A multidão encontra outra multidão e no caminho mais outra, e segue criando uma massa uniforme e irrefreável, com um único propósito e finalidade.
Há um torpor coletivo que suporta o frio, o tempo, a humilhação da idiotice do que todos ali estão a fazer, e bizarramente isso se alastra, sem que saibamos se por simples mimetismo ou por real infecção de órgãos e sentidos por parte de algum vírus, bactéria ou fungo. Pelo menos nenhum dos sintomas é conhecido dos agentes infecciosos conhecidos pleo homem até hoje (a menos que o mito sobre uma variação da cepa da E.Coli chamada E. Reacionarius seja real).
Parecem orgulhosos de seu estado de torpor, de suas marcas na face e da decadência de suas roupas que estampam símbolos perpétuos do inescrupuloso pão e circo de um sistema corrupto aliado a marcas infames que fazem seus quinhões com o trabalho escravo de crianças em países miseráveis, ou ao menos mais miseráveis.
Parecem uma massa uniforme, governada por uma única mente.
Só não se sabe a mente de quem.
Em uma questão de horas o mundo todo parece atônito e paralisado sem pensamentos ou atos.
Até que subitamente o interesse dissipa, e tão rápido como começou, a multidão passa a dispersar.
E então tudo segue adiante, e, como já era antes.
Eles andam lentos, vagarosos e vão ganhando número.
Aos poucos, grupos tímidos se tornam aglomerações com uma inconfundível insuspeita tomando as ruas numa estranha sincronia. Logo são centenas, quiça milhares.
Passo ante passo, a multidão segue sem vontade própria ou desejos, movendo-se apenas por um instinto arcaico e perdido no córtex cerebral, provocando uma reação organizada e coletiva que todos os cientistas alegavam ter desaparecido no processo evolutivo e social.
A multidão encontra outra multidão e no caminho mais outra, e segue criando uma massa uniforme e irrefreável, com um único propósito e finalidade.
Há um torpor coletivo que suporta o frio, o tempo, a humilhação da idiotice do que todos ali estão a fazer, e bizarramente isso se alastra, sem que saibamos se por simples mimetismo ou por real infecção de órgãos e sentidos por parte de algum vírus, bactéria ou fungo. Pelo menos nenhum dos sintomas é conhecido dos agentes infecciosos conhecidos pleo homem até hoje (a menos que o mito sobre uma variação da cepa da E.Coli chamada E. Reacionarius seja real).
Parecem orgulhosos de seu estado de torpor, de suas marcas na face e da decadência de suas roupas que estampam símbolos perpétuos do inescrupuloso pão e circo de um sistema corrupto aliado a marcas infames que fazem seus quinhões com o trabalho escravo de crianças em países miseráveis, ou ao menos mais miseráveis.
Parecem uma massa uniforme, governada por uma única mente.
Só não se sabe a mente de quem.
Em uma questão de horas o mundo todo parece atônito e paralisado sem pensamentos ou atos.
Até que subitamente o interesse dissipa, e tão rápido como começou, a multidão passa a dispersar.
E então tudo segue adiante, e, como já era antes.
Ninguém mais se importa.
Reciclado de um texto meu mesmo de 2011 (justamente em abril, sobre o casamento real na Grã-Bretanha)
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