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4 de julho de 2014

EDITORIAL> Imagina na Copa!

Foi um bordão usado por muita gente (eu até devo ter dito uma vez ou outra, não vou negar agora) e repetido ad infinitum até virar mantra.

"Imagina na Copa isso", "Imagina na Copa aquilo", "Imagina na Copa todo o povo vivendo a vida em paz?", e por aí vai.

Claro, claro, imaginar o pior para se preparar para ele é uma condição natural do ser humano... Claro, claro, ser demagógico para dizer que foi esse o motivo (e não criar pânico e caos com mentiras e previsões nada factuais) também é da condição humana. Assim como o é negar o papel da entropia e boa sorte, assumindo seu crédito desavergonhadamente.

Sim, 99 de 100 previsões e 'imagina na Copa' estavam errados, as condições em que foram ditas eram exageradas (pra não dizer incrivelmente maliciosas, afinal as afirmações do uso de dinheiro que poderia ser destinado a hospitais não faz o menor sentido, pela simples compreensão do uso e emprego de verbas públicas - o dinheiro público tem todo um trâmite para seu repasse já focado e direcionado para sua aplicação, não é como nosso dinheiro que é de um fundo comum, o salário, destinado para as diversas funções como impostos, gastos com alimentação, transporte, hobbies e lazer), mas estão longe de justificar os gastos com um estádio usado em apenas quatro partidas em um Estado que sequer tem campeonato.

De mesma maneira que não se pode ignorar os absurdos cometidos pelo povo brasileiro durante o evento (as vaias à presidente e ao hino nacional, o corredor polonês do abismo demográfico, a imprensa nacional dar atenção a Kajuru - dizendo que a Copa foi comprada pró - Parreira dizendo que foi comprada contra - e até ao sósia do Felipão!), e pode ser somado à insegurança pública sentida pela população já há algum tempo e ferida exposta no começo do ano, que mostra que os problemas existiam e existem. Só eram outros que os imaginados.

Inclusive com a própria agremiação canarinho, com um time antipático que se diz 'emotivo' por chorar ao som do hino mas que reflete sintomas de alguns dos muitos problemas do futebol mundial atual - os profissionais do mundo de futebol de 'grife' com seus cachês e salários milionários, que se somam a fama e reconhecimento mundiais. Até porque a 'grife' do técnico da seleção brasileira mesmo é a única coisa a  justificar seu alto salário, mesmo sendo o responsável pelo rebaixamento do Palmeiras em 2012 (assim como do goleiro, que atualmente joga no 'Toronto FC', que é quase um XV de Piracicaba norte-americano).

Fatores esses que se acentuam quando times de seleções muito menos badalados como a Costa Rica (conhecida pelo Nobel da Paz concedido ao seu presidente em 1987) ou a própria Colômbia (um país conhecido mundialmente graças a Pablo Escobar e Shakira, não necessariamente nessa ordem) conseguem tirar o sossego e sono de muito time 'poderoso'.

Ainda mais quando o 'emotivo' não corresponde a coração e garra.

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