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9 de março de 2013

O olho da tempestade

Ele subira ao topo da colina com sua moto, e de lá observava a tempestade a se formar.
"É um lugar tão bom quanto qualquer outro", pensava, enquanto os ventos aumentavam, as folhas se espalham e as criaturas seguem incessantes em busca por abrigo.
A luz de seu cigarro treme, quase se apagando em diversas ocasiões, e ele mantém um sorriso aos lábios.
Começa uma esparsa chuva.
Relâmpagos tremeluzem à distância.
Ventos vão se intensificando, dobrando árvores jovens e forçando a resistência das mais antigas.
Raios fazem o chão tremer enquanto rugem pelo campo.
Seu sorriso aumenta.
"É um dia tão bom quanto qualquer outro para o fim do mundo", diz para consigo mesmo enquanto joga o cigarro e afivela o capacete, aprumando-se em sua moto, para a descida derradeira.

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