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11 de março de 2013

EDITORIAL> Jornalismo R.I.P.

Eu não sei ao certo datar o momento em que o jornalismo morreu, e posso garantir que não foi essa semana. Já devem fazer alguns meses... Anos, talvez até.
Claro, claro, já faz algum tempo que os sinais andavam fracos, e muita gente apontava para a eventualidade, mas ninguém havia apontado e dito - ao menos não para mim - e aos menos perceptivos, podia facilmente passar a impressão que era apenas um velho cão tentando aprender novos truques para se adaptar a um mercado competitivo (em um mundo em que está obsoleto).

O jornalismo, iniciou o século XXI com o dilema imediato de sua obsolescência com o fim do papel como tendência absoluta a médio/longo prazo - algo que não é apenas mais uma suposição, como já realidade na condição dos tablets e smartphones da atual geração (na verdade, até computadores já estão virando coisa do passado para o consumidor médio, só quem realmente precisa extrapolar a performance de sua máquina - com programas pesados com gigantescos bancos de dados e correlação de informação e processamento).

Então surgiu a grande pergunta: Como continuar relevante em um ponto em que sua mídia está prestes a deixar de existir?
Como atribuir aos seus consumidores a necessidade - e frisem esta palavra - da relevância perante uma nova estrutura de distribuição e disseminação de informação?

Em termos gerais, um jornalista é um generalista. Um pouco de conhecimento abrangendo muitas áreas, sem especial atenção e detalhamento a nenhuma.
Um jornalista que cobre economia, não é necessariamente um economista, sequer possuindo as mínimas qualificações necessárias de um.
E isso é importante justamente para facilitar a conexão com o público geral (sendo ele uma pessoa QUE NÃO pertence aos círculos e vícios específicos da classe, pode se comunicar de maneira mais abrangente e ininteligível com o público geral de forma a ser entendido) uma vez que ele próprio pertence a este público.

MAS, cabe ao jornalista somente ESTA função: Transmitir a informação complexada que advém dos círculos restritos de informação a que pertencem os especlistas para os grandes públicos, de forma direta, sucinta e mais importante IMPARCIAL.

A imparcialidade, diga-se de passagem, é ferramente fundamental para o jornalismo, uma vez que é dela que provém a verdadeira informação. O espectador/leitor/ouvinte/consumidor é responsável pelo julgamento dos fatos e conclusões cabíveis na(s) situação(ões).
Uma árvore que caiu na rua não é notícia para dar vazão para um loquaz discurso sobre como a prefeitura não vem cuidando de maneira efetiva na conservação e até eventual poda de árvores.
Um suspeito de homicídio não é criminoso até o veredicto.
Um homem não é santo ou monstro, somente um homem.

O editorial - ferramente importante, sem sombra de dúvidas - é e deve ser somente UM ESPAÇO dentro de um jornal, e não O MALDITO JORNAL INTEIRO.
Caso contrário é propaganda (nos dois sentidos da palavra).
É sensacionalismo barato e sem qualquer ponto informativo.

É papel mais vazio que uma folha em branco.

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