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11 de janeiro de 2024

{Resenhas de Quinta} O Pescador de Ilusões

Jeff Bridges e Robin Williams no auge de seus talentos num filme brilhantemente dirigido por Terry Gilliam, e, curiosamente esse não é um filme que geralmente é comentado, referenciado ou citado como um dos melhores materiais dos anos 1990 ou quiçá de todos os tempos...?

É, eu também não entendo os motivos disso, porque toda vez que eu assisti o filme eu fiquei embasbacado. Se essa não é a melhor atuação de Robin Williams eu genuinamente não vi performance melhor dele então... Bridges? Fantástico, já evocando o Dude de o Grande Lebowski mas mostrando mais flexibilidade com um personagem detestável que aos poucos vai se amaciando e enxergando que existe mais à vida. E Gilliam, meu Deus... Eu sei que esse não é nem de longe o trabalho mais imaginativo do diretor de Medo e Delírio em Las Vegas ou Os Bandidos do Tempo, mas puta merda, será que qualquer outro diretor do mundo conseguiria produzir a cena da estação do metrô com a mesma sublime delicadeza em um filme que ainda tem os ângulos estranhos da câmera e aparições fantasmagóricas?

Esse é um dos meus filmes favoritos e eu não sei se eu consigo assistir impassível e sem rir da atuação exagerada de Robin Williams ou mesmo chegar ao final do filme sem lágrimas nos olhos pela jornada avassaladora que temos na tentativa do personagem de Bridges se redimir e estabelecer conexões humanas genunínas. E honestamente eu não acho que eu deva.

É um filme emotivo e Gilliam captura a emoção pura e crua de maneira espetacular e faz o filme funcionar de começo ao fim. Mas eu sei que não é o roteiro mais coeso de todos os tempos e a trilha sonora padece de repetição e determinadas conveniências que, bem, não funcionam quando você tenta raciocinar efetivamente sobre a história (do começo quando os personagens de Robin Williams conhece o personagem de Jeff Bridges e o retorno mais tarde ao mesmo ponto e elemento), por mais que eu não queira falar demais sobre os detalhes para não estragar o filme para ninguém uma vez que vale a pena assisti-lo e preferencialmente sabendo o mínimo para se deixar conduzir pela história.

Mas, de novo, é um filme emotivo e não racional.

Abandone a lógica por duas horas e pouco e abrace a loucura (do filme é claro, mas porque não? Da humanidade também).

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