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2 de maio de 2017

{Editorial} Reforma no ** dos outros é refresco

Eu acho ridículo o argumento do governo de que há necessidade para reformas da previdência porque a legislação é antiga (HA! A lei de patentes é de 1971, atualizada em 1997 e não cobre software!) ou que há um rombo nos cofres públicos (HA, 2 - A Missao, no país em que se paga 14º e auxílio paletó a congressistas, é a aposentadoria de um salário mínimo que ferra com os cofres públicos?) ou pior ainda que ESSA é a medida necessária para trazer novas contratações e dar o gás necessário para a economia.

Na questão de novas contratações, eu tenho um bocado para dizer, na segunda, simplesmente supor o quanto é absurdo que uma medida a longo prazo (reduzir as aposentadorias daqui dez ou vinte anos vá subsidiar melhoras agora), ainda mais quando EXISTEM medidas mais fáceis e práticas para subsidiar um estímulo à economia no curto prazo (já falei que os impostos gerados com a legalização da maconha no Colorado já superam o rendimento dos filmes da Marvel para a Disney? Ou que além disso gera empregos? Ou que na Holanda, onde as drogas são legalizadas a violência caiu a ponto do país estar fechando prisões - não necessariamente ligado ao fato da legalização das drogas apenas, mas...) ou mesmo a legalização dos jogos de azar com a liberação de áreas restritas para cassinos para estímulo ao turismo local...
Mas, ei, não é como se as leis que proíbem a maconha ou o jogo fossem do tempo do Cabral e obsoletas, né?

Sobre contratações, é simplesmente ridículo supor que esse tipo de mecanismo vá resolver problemas - ou resolver mais do que criar, se vale de alguma coisa - com os problemas atrelados na redução de vagas formais (tendência global e que analistas de Big Data apontam para a próxima década como o grande catalisador no desaparecimento de vagas no comércio - graças ao comércio virtual - e nas áreas de prestação de serviços - graças a automação, como com os veículos autônomos, e aplicativos como Über e Airbnb).
Se você ainda não viu algum daqueles anúncios 'Seu emprego vai desaparecer até 2024', bem, não precisa ir muito longe para achar artigos na Forbes e Bloomberg, inclusive em um podcast de quase vinte minutos (bem completinho e detalhado).

As estimativas são bem simples e práticas: A mecanização permite a simplificação de uma enormidade de tarefas.
Enquanto precisávamos de enormes quantias de trabalhadores rurais para as mais diversas plantações, hoje um único trator (que pode ter sua rota programada remotamente em um escritório com ar condicionado por um único funcionário que programará mais outros cinco tratores) faz o serviço em vastas áreas, colhendo, plantando, adubando... O que você imaginar.

Os veículos autônomos entram nessa mesma situação - com o Uber comprando a ideia de transporte de passageiros sem um motorista - e existe uma série de pesquisas para cargos mais especializados como robôs para substituir cirurgiões (o que você pode imaginar, com a precisão de uma máquina não é exatamente um mal negócio).

Então, sim, o número de vagas está diminuindo E vai diminuir ainda mais ao que precisamos de soluções inteligentes e incentivos para a criação de empregos onde estes podem surgir (tecnologia e inovação), e para isso são requeridas estratégias mais inteligentes que incluem as reduções tributárias para tornar os equipamentos mais acessíveis - todo mundo já ouviu a história de que é mais barato comprar uma passagem para um fim de semana em Miami para comprar lá um Iphone que comprá-lo no Brasil, e não é um exagero...
Essencialmente? Apostar nos cavalos que tem chances que são onde a grana está atualmente, e nisso uma boa alternativa é reduzir a absurda carga tributária para a tecnologia (um jogo de videogame paga impostos proporcionais aos do cigarro ou bebida alcoólica pois é considerado na mesma categoria de jogos de azar - e isso que o faturamento da indústria de games já passa o do cinema...).

Justamente isso me soa estranho - enquanto o número de vagas diminui, o governo quer exigir MAIS tempo de trabalho e contribuição - o que parece amplamente antagônico, para não dizer leonino.
Mas, ei, o Conde Drácula quer incentivar a reforma do ensino médio para formar designers de games! Claro que vai dar certo, numa estrutura que não existe dinheiro para comprar mapas para aulas de geografia para que se tenha pcs e softwares para disciplinas da área!

Longe de ser somente a área de games, pois temos uma infinidade de tendências com a Internet of Things (IoT, que está ligado a atribuir comunicação de itens normalmente não associados à internet e tecnologia, como o caso dos tênis de corrida com GPS para catalogar percurso, quilometragem percorrida e outros dados de performance, ou as geladeiras com sensores para controle de estoque), Machine Learning (que é basicamente o que supõe-se, de ensinar máquinas a 'pensar' e reagir a estímulos) ou mesmo estruturar a Realidade Virtual que já está no mercado (ensino a distância pode se favorecer e muito com isso - droga, daria para fazer provas em ambiente virtual, já pensou nisso?) e as impressoras 3d para utilização em maior escala (faz tempo que não ouço falar nelas, e tem tanto potencial!).
Droga, mesmo nas outras áreas do conhecimento existe uma infinidade de pesquisas a se desenvolver - e mais que isso, de subsídios que se fazem necessários como liberar a pesquisa com células tronco no Brasil!


A previdência é perfeita como é? Não! Longe disso, mas não é a proposta presente que traz soluções para os problemas da previdência (a estrutura estóica que não traz incentivos, estímulos ou flexibilizações para o trabalhador contribuir de maneira a melhor atender seus interesses, planos e projeções - como numa previdência privada), e cria problemas nas outras áreas (mais tempos de trabalho criando menos vagas e maior dificuldade, tanto de entrada quanto de saída do mercado de trabalho).

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