Eu adorei o livro, e, talvez seja meio que chover no molhado - afinal faz um bom tempo que gosto de mitologia, com os Cavaleiros do Zodíaco na extinta tv Manchete e posteriormente os quadrinhos da Marvel com Thor e, claro, com Joseph Campbell e sua mitologia comparada.
MAS, dito isso, eu realmente tenho minhas muitas dúvidas sobre o quanto é válido e devido o crédito do livro a Neil Gaiman ainda mais quando o próprio admite nas primeiras páginas do escrito o quanto 'seu' trabalho se baseia em traduções e adaptações diversas das recontagens dos mitos clássicos nórdicos.
Até há um pouco do tempero tradicional que o autor costuma acrescentar a seu caldo literário, mas acho difícil ler esse material sem pensar ver após vez o quanto o material não é dele e mais para uma apropriação das lendas e contos - que, enquanto brilhantes e geniais em seu próprio mérito, também estão bem escritos nas linhas de Gaiman.
E esse é o grande desafio de julgar: De quem é efetivamente o mérito por esse trabalho? Gaiman escreveu o que, e, mais importante, quanto Gaiman efetivamente escreveu?
Quanto se manteve do original? Quanto se mudou?
Muitas dessas histórias me parecem familiares, e, como o próprio autor destaca em sua apresentação, há um enfoque enorme nos personagens mais famosos (Thor, Loki e Odin), ao que muitos deuses secundários foram esquecidos e perdidos no tempo, e não há exatamente muito para se esforçar em dar-lhes contexto aqui.
Gaiman não se permite elaborar ou contextualizar aqueles personagens menos conhecidos com histórias que requeiram desencavar toneladas em um trabalho efetivamente arqueológico.
E esse é o grande desafio de julgar: De quem é efetivamente o mérito por esse trabalho? Gaiman escreveu o que, e, mais importante, quanto Gaiman efetivamente escreveu?
Quanto se manteve do original? Quanto se mudou?
Muitas dessas histórias me parecem familiares, e, como o próprio autor destaca em sua apresentação, há um enfoque enorme nos personagens mais famosos (Thor, Loki e Odin), ao que muitos deuses secundários foram esquecidos e perdidos no tempo, e não há exatamente muito para se esforçar em dar-lhes contexto aqui.
Gaiman não se permite elaborar ou contextualizar aqueles personagens menos conhecidos com histórias que requeiram desencavar toneladas em um trabalho efetivamente arqueológico.
Nisso há um trabalho ok do autor, ainda que em uma edição - e trabalho - primoroso da Intrínseca com um acabamento extraordinário com direito a capa dura, tradução belíssima, folha de rosto e todo um enorme e desnecessário conjunto de nem 290 páginas.
Destaco: Adorei o livro, mas o fato que se vende como livro de Gaiman é um equívoco.
Nota: 6,5/10
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