Depois de começar o ano com uma daquelas horrorosas comédias de Adam Sandler eu precisei chegar em casa e buscar uma bela dose do bom e velho humor britânico non-sense.
Se eu já não falei (o suficiente), Monty Python em busca do Cálice Sagrado é um dos mais brilhantes exemplos de como se fazer comédia no cinema - em todos os sentidos, edição, estrutura e tempo de piada, corte das cenas, construção de personagens e desenvolvimento de história...
O filme é excelente por uma série de motivos que vão desde o fato que os protagonistas já se conheciam o suficiente para saber quais seus pontos fortes e fracos - quem faria melhor qual personagem, qual cena, quão longe poderiam ir sem perder o foco e por aí vai - mas vai além ao saber como costurar e construir a trama alternando entre cada personagem, dando tempo para desenvolvê-los de mesmo modo que constrói e molda o mundo ao seu redor.
Então o que mudou desde 1975 que os filmes parecem incapazes de lidar com isso? Com a construção de cenas e personagens de maneira orgânica? Com atores com generosidade para preparar as cenas e dar vazão para outro crescer e brilhar?
Eu não sei porque, ou explicar... São aquelas raridades, aquelas anomalias que surgem algumas vezes na vida...
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