Nota: 7,5/10 |
Videodrome de 1983 é um filme que, enquanto envelheceu mal (e beeeem mal, diga-se de passagem) graças ao óbvio e nítido orçamento baixo - que vale notar, pelos ótimos extras do blu-ray que o final do filme foi escrito e feito conforme eles produziam o filme para cumprir o ano fiscal - ainda é um filme que é curiosa e confusamente incrivelmente atual.
É. ATUAL, um filme sobre videocassetes e que não poderia ser mais anos 80 nem se tentasse.
No que ele é atual, então? Bem, a noção da tal 'Síndrome do Vídeo' e de como a televisão e a constante e contínua imersão da mídia em nossas vidas (o que vale lembrar o bem recente exemplo da mórbida obsessão da mídia brasileira com a catástrofe do time da Chapecoense, e não só isso, afinal toda a situação norte-americana de Trump isso ou aquilo, afinal nossa demanda cada vez maior por atenção e visualizações e curtidas e...)
Há uma série de camadas de comentários bem conduzidos e orquestrados sobre o efeito da mídia em nossas vidas em um tom quase sagrado (que Cronenberg enfatiza brilhantemente através da sátira a 'Ordem dos Raios Catódicos' ). James Woods nunca foi um bom ator, e aqui não é exceção, mas é a excelente e provocativa narrativa de Cronenberg que vale a pena o filme.
É curto, é cheio de bizarrices e absurdos (visuais e roteirísticos), mas isso não é, nem de longe uma ofensa.
Quando se trata de Cronenberg, é o que faz seus filmes de terror - mesmo quando não envelhecem assim tão bem.
É curto, é cheio de bizarrices e absurdos (visuais e roteirísticos), mas isso não é, nem de longe uma ofensa.
Quando se trata de Cronenberg, é o que faz seus filmes de terror - mesmo quando não envelhecem assim tão bem.
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