Nota: 9,0/10 |
Mike Grell pode não ser um nome amplamente lembrado quando se fala em quadrinhos, nem ao menos o vigilante esmeralda de Star City (isso hoje com Arrow eu acredito que seja menor). E é uma injustiça tremenda.
Iniciando pouco após o grande reboot da Crise nas Infinitas Terras em 1985, a série trilhava naquele meio termo entre os quadrinhos mais pesados e adultos do que viria a moldar o selo Vertigo (Patrulha do Destino, Sandman e Hellblazer, pra ficar em alguns) e os quadrinhos de super heróis tradicionais (com seus Krypto, o supercão e similares). O Arqueiro Verde, assim como outro vigilante o herói Questão seguiam num rumo mais intermediário, como uma forma de tanto destacá-los dos personagens tradicionais como Batman que fazem o mesmo (bem melhor e com maior popularidade) e enquanto Denny O'Neil partiu para uma visão mais filosófica para abordar o Zen da violência e sua banalidade, Mike Grell partiu para analisar o elemento humano, as conseqüências do crime e a fina linha entre herói e vigilante.
O Arqueiro Verde de Mike Grell é bem menos tolo que a versão cheia de flechas com truques (ei, nada contra, o Gavião Arqueiro do David Aja lançado em 2011 é só flechas com truques e bobagens e é divertidíssimo), e atuando mais de uma vez ao lado do mercenário Eddie Fryers e da assassina Shado (mas mais disso no volume 2, Here There Be Dragons e, claro, o excelente arco The Longbow Hunters) e de mesma maneira questiona a seus métodos e inclusive sua violência, uma vez que não são poucas as ocasiões que Oliver Queen mata (mesmo sem suas flechas) e atira para ferir gravemente. O personagem é mais um caçador de gente, e isso o coloca em um terreno conturbado - questionado pela polícia e mesmo pela comunidade.
Inclusive porque um dos grandes destaques da série se dá com a trama secundária e contínua da Canário Negro lidando com estresse pós-traumático após ser sequestrada (e brutalmente espancada) por um assassino em série, e, com o tempo criando um grupo de apoio a vítimas.
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