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22 de agosto de 2015

{Analisando Arkham} O Asilo


Depois do post sobre o Charada e Coringa na quinta passada eu comecei a remexer no baú de histórias do Batman e várias e várias leituras depois e vi o quanto mistério e fascínio há no universo dos bizarros personagens do Cavaleiro das Trevas, e disso surge minha nova coluna: Analisando Arkham.

Qual o objetivo? Ver e rever os fundamentos dos personagens do universo do Homem Morcego, expondo seus problemas mentais, suas motivações, quem e o que são e um pouco mais do que sobrar de espaço para dispor.
Serão análises completas, únicas e que nenhum outro ser vivente seria capaz de fazer? Duvido muito.
Terá um bocado de minhas análises pessoais e pontos de vista únicos, mas estou longe de ser uma autoridade no assunto (não sou formado em psicologia/psiquiatria nem escrevi uma única história publicada do universo personagem).

Ei, deem uma chance, porque não?

Comecemos pelo próprio Asilo Arkham.
Com primeira aparição em 1974 na edição 258 de Batman, ideia de Denny O'Neil com a concepção de abrigar em um único lugar os perigosos criminosos de Gotham. Porque em um único lugar, você pergunta?
Bem, porque é uma obra de ficção onde extraordinários e absurdos criminosos surgem a cada semana e são necessários argumentos para não matá-los através de pena de morte ou algo do tipo (o que aconteceria com o Coringa considerando o número absurdamente alto de vítimas).
Com uma tola justificativa de que como insanos eles não poderiam ser executados - e, como não se trata de uma prisão para todos os efeitos, também justifica o quão mais fácil os criminosos fogem de lá... Repetidas e repetidas vezes. De novo, um universo onde vilões perigosos atacam e destroem a cidade quase uma vez por semana.


O nome vem da obra de H P Lovecraft, onde aparece repetidas vezes para anunciar o perigo e insanidade que ronda (Arkham é citado várias vezes em diversos textos de Lovecraft, às vezes como cidade, às vezes como um navio e outras de maneira mais sútil).
Aqui também há bastante disso, principalmente a partir da detalhada história pregressa da mansão da família Arkham, principalmente detalhada na graphic novel de Grant Morrison e Dave Mckean: Asilo Arkham (1989, 216 páginas), contando o passado de Amadeus Arkham, que desde cedo lidou com os problemas mentais de sua mãe, que é o motivo e motivação para a construção do sanatório.
Amadeus, inclusive seria posteriormente um paciente de sua própria instituição, e não seria o único médico da instituição a se tornar paciente (Hugo Strange e a vilã Arlequina são dois exemplos).

Mas, o que inicialmente é apenas mais um sanatório passa a abrigar os criminalmente insanos e posteriormente a atender as peculiares necessidades de uma cidade bastante peculiar, suprindo celas especiais para super criminosos (ainda que tecnicamente sãos), como o caso do Senhor Frio (não só tecnicamente são, como um gênio e pHD em física - mas cujo corpo precisa constantemente estar em temperaturas abaixo dos zero graus Celsius).
E há uma aura bizarra sobre o lugar que parece clamar e emanar todo tipo de loucura, como o Hotel Overlook de "O iluminado", ao que talvez seja apenas coincidência e mal planejamento de colocar tantos criminosos insanos em um mesmo lugar, ou má sorte desde o começo (com o assassinato do criminoso Cachorro Louco e a posterior internação de Amadeus).

O local se torna um caldeirão com o que há de pior de criminosos (e super-criminosos) e nas próximas semanas trarei alguns dos piores deles, começando pelo efetivamente pior (pior que Coringa, Bane e muitos outros, inclusive). Quem? Esteja aqui semana que vem!

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