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18 de junho de 2015

{RESENHAS DE QUINTA} Especial O próximo capítulo




Pra não ser samba de uma nota só, eu até pensei em revisar Rachel Rising 34, Injection 2, Descender 4, Saga 29 e The Walking Dead 141... Mas nenhuma surpresa aqui. Quem leu uma das minhas resenhas sobre esses títulos, já sabe o que eu teria a dizer sobre eles, sobre esse material aqui? Acho difícil... Então vamos a eles:


Fight Club 2 #1
(Roteiro: Chuck - repita três vezes o sobrenome rápido - Palahniuk, Arte: Cameron Stewart; Dark Horse Comics, 32 páginas, US$3,99)

O meu problema com algumas continuações (mesmo quando eu não sou muito fã do original como no caso de Clube da Luta) é quando elas realmente não tem um fundamento intrínseco e claro sobre o que ou porque da necessidade de uma continuação.
Não existem mais perguntas, os arcos e ciclos dos personagens estão encerrados - em alguns casos inclusive com o fim de toda a existência, ao que torna a continuação ainda mais ilógica - e quaisquer questões que ficaram em aberto tem como propósito ficar em aberto.
Sabe o final de O Iluminado com a foto de Jack Nicholson na festa de reveillon do Hotel Overlook cinquenta anos antes dos eventos do filme - e ele com a mesma idade? É bem isso. É uma questão em aberto mas eu não quero a explicação lógica pra isso!
Principalmente porque as explicações tendem a se tornar mais idiotas que aquelas que formulamos em nossas mentes, e é o que Clube da Luta 2 sugere com Tyler Durden (o personagem de Brad Pitt no filme pra quem nunca leu o livro ou lembra exatamente da história) é menos de um amigo imaginário/transtorno de personalidade e mais próximo de uma entidade sobrenatural, com o final da primeira edição oferecendo uma estúpida teoria que a personalidade de Durden passa de pai para filho (sim, o narrador sem nome está casado com Marla Singer e teve um filho).
Pode render? Não duvido... Mas não começou bem...
Quer dizer, começou bem com um questionário fantástico (abaixo) só que a história é bem fraquinha...
Nota: 4,5/10.



Robin: Son of Batman #1
(Roteiro: Mick Gray e Patrick Gleason, Arte: Patrick Gleason; DC Comics, 32 páginas, US$3,99)

Pra quem leu qualquer coisa de Batman pós-Grant Morrison, é fácil entender porque Damian Wayne (o atual Robin) é tão popular.
Pra quem nunca leu essa é a revista para mostrar, e ela mostra.
O resumo básico do personagem é que ele é o filho de Bruce Wayne e Talia Al Ghul (a versão complicada envolve clonagem e outras bobagens de manipulação genética além do fato que Damian morreu e foi trazido de volta a partir de um artef... Quer saber, ele é o filho do Batman com a filha do R'as Al Ghul), e que para aprender auto-disciplina Bruce acaba colocando o guri para combater o crime - ainda que a atitude insolente do moleque não dê muito a impressão que ele tivesse qualquer opção.
Ver uma série mensal nova focando em Damian - e na mais maluca concepção possível que é colocá-lo para cuidar de um monstro gigantesco 'Golias' (que é um dos experimentos de R'as Al Ghul na construção de um exército de Morcegos Humanos, mas isso é história para outro dia). O personagem é carismático e a história traz um tom bem interessante para qualquer leitor, mas favorece os iniciados (mais ou menos quem leu tudo desde Grant Morrison no Batman - edição 655, ou seja de 2006 pra cá) principalmente com detalhes sobre o 'Ano de Sangue' ou o vilão 'Ninguém' (pós Novos 52 de Batman e Robin do Peter Tomasi) e mais um ou outro ponto, mas que facilmente se ignora ou releva (existem flashback e uma boa estrutura para conduzir a trama de modo que é possível entender tudo).
É loucura que soma em alta octanagem numa série absurdamente divertida. Realmente difícil ignorar...
Nota: 9,5/10

JLA# 01
(Roteiro: Bryan Hitch, Arte: Bryan Hitch; DC Comics, 58 páginas, US$5,99)

Bryan Hitch é uma artista incrível e dificilmente se encontrará alguém com tamanho talento para produzir peças tão cinéticas, e se qualquer teste para seu talento é necessário, é só ver a incrível capa em nove partes (nonotupla?) que ele faz e forma um belíssimo poster com todos os principais personagens em uma cena de ação.
Mas porque essa edição número 1 cabe como um próximo capítulo você me pergunta?
Bem, porque se existe algo que essa leitura parece é com o mais notável trabalho de Hitch a frente da Liga da Justiça e talvez um dos divisores de águas da mitologia do grupo: Escada para o Céu.
O tema é bem parecido (uma força abissal e inigualável que surge para testar os limites das habilidades do grupo) e isso casa perfeitamente com o que o autor faz de melhor.
E daí se o texto não é tão afiado?
Ainda é um deleite!
Nota: 7,0/10

1356
(Autor: Bernard Cornwell, Editora Record, 422 páginas)

"Uhhh, um livro", pode estar pensando alguém, ao que eu respondo "Pois é... Não é como se esse espaço de resenha tenha grande exclusividade de conteúdo".
Mas porque não fazer um post só pra 1356 de Bernard Cornwell? Bem, porque eu aprendi uma lição importante sobre o autor com esse livro, uma lição que me economizará muito tempo e tentativas de ler novos livros dele.
Eu aprendi o seu método (uh-hu-hu!).
É pornografia militar antiga, especialmente se for pró-Inglaterra, com um protagonista que parece malvadão e malandro mas é na verdade o único homem honrado e honesto num mundo perverso e cruel. Ah e isso é o que fará com que outros homens honestos se aliem a ele - as mulheres obviamente se apaixonam mas como aparecem duas ou três apenas por livro não é exatamente algo de surpresa. Elas também são clichês (igualmente honradas lutando contra condições opressoras - inclusive escapando de condições horríveis e desfigurantes como açoites, fogueiras e tortura).
Com toda a estratégia militar, o negócio é sempre muito simples: O livro gasta 70% de seu desenvolvimento apresentando o poderoso exército inimigo (que exceto quando é o exército francês, não é exatamente um exército poderoso por mais que o autor gaste extenso desenvolvimento nisso) que consta com incríveis números superiores - mas é derrotado em algo em torno das 50-80 páginas finais com um bocado de detalhes das principais batalhas ignoradas para focar no confronto com o vilão do livro (que obviamente é derrotado pelo protagonista).
Tudo se resolve de maneira rápida e inconclusiva - ao ponto de parecer que nada do que aconteceu foi efetivamente importante - e várias das histórias secundárias são ignoradas no segundo que o autor decide que é momento de concluir o livro.
Parece genérico? Leia 1356 e me diga se não encaixa perfeitamente.
Droga, leia qualquer livro do cara e me diga se não encaixa perfeitamente!
E, sim, é até divertido e tals, existe alguma pesquisa histórica sobre eventos que muita gente nem ouviu falar (até porque não são nada marcantes) e essencialmente quando você leu um, leu todos.

Nota: 3,0/10

Hannibal S3E01 Antipasto

O que? Um livro E um seriado?
Bah, não estou a fim de me repetir...
Hannibal é um dos mais intrigantes seriados policiais que eu já vi na minha vida. Ponto.
É uma perspectiva bem diferente de seriados como The Wire ou The SHIELD sobre o trabalho policial e as dificuldades desse tipo de trabalho, mas também segue bem diferente da visão de CSI do caso da semana ou de Dexter do psicopata que ganha no final...
Hannibal é um monstro completamente diferente e com uma estrutura de episódios que é simplesmente impossível assistir a apenas um episódio (eu tentei e fiquei tão no 220 sem dormir formulando teorias e pensando em como continuaria que resolvi esperar acabar a temporada para assistir tudo de uma vez), e mais impossível chegar ao final de uma temporada com todas as suas unhas (não tenho vergonha, roí até as do pé assistindo a primeira temporada... Com a segunda eu tive que tomar remédios contra ansiedade para terminar roendo só as unhas da mão esquerda, e foi assim que eu perdi meu dedo indicador). É tenso, é denso e é poderoso.
Hannibal é perverso, seu jogo é cuidadosamente montado e ele saboreia cada minuto, manipulando com classe todos ao seu redor para conseguir o que quer, e é simplesmente impressionante ver as performances estelares de Mads Mikkelsen (talvez mais conhecido como o vilão de Cassino Royale ainda que esteja muuuuuuito melhor aqui), Gillian Anderson (A agente Scully não está só mais bonita como finalmente podendo mostrar o quão talentosa a atriz é), Hugh Dancy (realmente incrível como Will Graham, o caçador de psicopatas favorito da série de Thomas Harris) além de vários outros.
Talvez o começo desta temporada não seja tão tenso quanto as demais, afinal, com o final da segunda temporada, muita coisa precisava mudar e se reconfigurar e a lenta transição ajuda a acertar o tom para isso, mas continua espetacular.
Nenhum outro lugar oferece tantas chances para frases de duplo sentido como aqui:


Como não ter um sorrisinho idiota no rosto com cada comentário desses de Mikkelsen?
Nota: 8,5/10

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