Dados bibliográficos: Record, 2006, 160 páginas.
Título original: A man without a country, 2005
Resumo dinâmico: Pra ler de uma 'sentada'.
Resenha: Um homem sem pátria é uma coletânea de contos/crônicas/pensamentos avulsos sem muita conexão de Kurt Vonnegut reunidos e coletados de forma a estruturar capítulos e tentar ajustar a inquieta mente do autor neste livro.
Era pra ser seu último projeto literário - e de fato até foi em vida - e nisso mostra um tanto de cansaço. Talvez até um esforço hercúleo de fazer mais um livro mesmo que faltem as ideias, bases ou verdadeiramente o conteúdo. Sim, sim, Vonnegut sem muito o que falar ainda tem mais ideias que todos os profissionais da televisão pública (exceção dada à Cultura) brasileira reunidos.
Mas por focar prioritariamente nos eventos pós-invasão do Iraque e durante-o-governo-Bush (que é o motivo do autor se ver mais como um homem sem pátria, como o título implica pela discordância com as decisões do presidência em ato - talvez algo que alguns brasileiros poderiam aprender, não acha? Ao invés de gritar 'Impeachment' escrever um livro com crítica ao governo?), Vonnegut acaba datando seu material e acaba com uma data de validade em seu conteúdo.
Com uma quantidade bem pequena de páginas, fonte grande e uma boa quantidade de capítulos (aumentando os intervalos), o livro acaba curto e pode ser lido em pouco mais de uma hora, inclusive porque acaba mais parecendo uma conversa com Vonnegut que uma coletânea intrincada de material propriamente dita.
Não é seu melhor material (Matadouro 5 e Cat's craddle brigam pela posição), ainda assim é um deleite.
Nota: 7,0/10.
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