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19 de novembro de 2014

Pax Americana: Ou Como Grant Morrison escreveu Watchmen em 40 páginas

Na quarta parte do mega-evento 'Multivesity' (que poderia ser categorizado com outros megas: Confuso E enfadonho), Morrison finalmente mostra todo o talento do autor ao entregar um de seus melhores trabalhos de toda a carreira.

Se isso parece exagerado para quem reinventou o metalinguagem nos quadrinhos e escreveu materiais definidores do gênero de quadrinhos através de Homem Animal, Invisíveis, Grandes Astros Superman e Patrulha do Destino e muito mais que pode ser visto no fascinante documentário 'Talking with the Gods', na íntegra no Youtube... Bem, digo que não é.

Multivesity ganhou todo um novo contexto a partir desta edição, e, eu que vinha lendo no automático, me vejo impelido a aplaudir e louvar o trabalho dessa edição sem qualquer vergonha, pois é impecável.
Pra começo de conversa, é uma leitura para se fazer TANTO de frente parar trás quanto de trás pra frente, e não apenas isso, como recomendável essas duas leituras, no mínimo.

Eu em uma hora tive que reler essas duas vezes, e na empolgação voltei a quadros específicos, procurando alguns detalhes que passaram batido, mas sem dúvidas essa hq voltará a ser lida e relida (quando estiver com a versão em papel então, que procurarei detalhes virando o papel ou que talvez se omitiriam numa versão digital).

Por se tratar dos personagens da antiga 'Charlton Comics' (que inspiraram Watchmen), a história faz óbvios paralelos que ao mesmo tempo beiram os eventos da graphic novel de Alan Moore, os reinventam e os complementam - há uma dezena de cenas que são mencionadas em Watchmen e não mostradas, e Morrison faz questão de mostrá-las aqui.

Com alguns dos melhores roteiros de Morrison e uma das melhores artes de Frank Quitely, essa é uma das mais impressionantes colaborações da dupla, e ver todo o talento destilado em uma exuberante contribuição, é algo que vale a pena prestar atenção.

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