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12 de novembro de 2014

Leitura dinâmica: Thomas Harris (Dragão Vermelho e Silêncio dos Inocentes)

Em uma palavra: Ruim.
Em muitas: Não perca seu tempo (veja os filmes pois leva menos tempo ou, melhor ainda, o seriado Hannibal, com um excelente elenco e fantástico roteiro), porque os livros são aquele tipo de negócio que você vê no 'investigação discovery' de ruim.

Roteiro verborrágico, que, facilmente poderia se sintetizar numas duzentas páginas a menos, texto inconsistente (se eu preciso dizer só uma coisa, vou me ater ao fato que pelo roteiro de Harris os psicopatas fazem todos parte de um clubinho com carteirinha e tudo mais, e por isso sempre procuram pelo Dr Hannibal, que deve ser o presidente do clubinho)...

Jack Crawford (o chefão das investigações) é alguém que sob todas as análises deveria estar preso, pois seriamente me parece mais perigoso que todo assassino apresentado, mencionado ou sequer imaginado em toda a série. Suas decisões em 90% dos casos estão erradas que invariavelmente jogam alguém diretamente no caminho de assassinos perigosos (como Freddy Lounds e Will Graham em Dragão Vermelho e Clarice - a jovem e SEQUER FORMADA agente do FBI que acaba incumbida de estudar não um, mas dois psicopatas).

Mas o que me perturba mesmo é ver como ele parece incapaz de batizar decentemente um personagem, e principalmente os assassinos seriais, que tem algumas das alcunhas mais ridículas - e menos ameaçadoras - de todos os assassinos seriais que já vi.

"Fada-do-Dente" (o nome do principal assassino de Dragão Vermelho) é o tipo de assassino assustador, que com um nome decente seria lendário (como 'Homem de Família', utilizado por Jamie Delano para um assassino com método semelhante em Hellblazer, anos mais tarde). Quer dizer, tá, ele tira dentes das pessoas e tals... Mas ele mata famílias inteiras, cacete! Porque Fada do Dente quando o cara destrói todos os espelhos da casa, mata toda a família e tem algum fetiche bizarro com a mãe da família?

É verdade que Buffalo Bill me preocupa um pouco mais, sempre no limiar entre o absurdo vilão enrustido (que é vilão por ser gay ou frustrado sexual por nascer homem e querer ser mulher, ambos absurdos tremendos, em minha humilde opinião - além de ser bem coisa de direitista homofóbico), mas particularmente eu acho que Bill é tamanha caricatura que chega a ser impossível levá-lo a sério. Ele remove a pele de suas vítima? Pra fazer um casaquinho? Sério?

Tudo bem, tudo bem... Ainda tem algumas qualidades que se salvam, como o brilhante vilão que é Hannibal Lecter (que também não escapa da idiota alcunha 'Hannibal, o Canibal', apesar de ser um psicopata perfeito, e algo muito além de mero canibal), e a tensão entre este e o protagonista da vez, mas não sei até que ponto salva das outras presepadas.

Recebi no mesmo pacote 'Hannibal' que deve ser o terceiro livro da série, mas confesso que tenho pouca vontade de descobrir pra que lado vai essa história... Acho que prefiro rever as duas temporadas da série esperando o começo da terceira...

Um comentário:

  1. Tive a mrsma impressão. Mas o que me deixa muito p* é que o autor é claramente homofobico e racista. Usa um personagem gay como vilão no Silencio dos Inocentes e em Dragao Vermelho no livro o apelido do psicopata é " Gay Dentuço " .Fada dos Dentes foi daso no filne justamemte pq a comunidade gay ja havia se indignado com o Silencio dos Inocente. Só vou corrir uma coisa, Fada dos Dentes, não é pq arranca os debtes das pessoas, ele não faz isso, é pq ele morde as as vitimas mulheres e mais tarde vai se descobrir que ele usa uma prótese dentaria com dentes lixados de modo a ficarem pontiagudos, sobre seus dentes.

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