Pesquisar este blog

30 de novembro de 2014

Botando os filmes em dia: Interestelar


Esse demorou...
Fiquei obcecado com a premissa e contei os dias desde o anúncio até a chegada dos primeiros trailers e bem, a estreia.
E o filme não chegou.
Nada na minha cidade e o mais perto, honestamente, não compensava a viagem (o combustível, pedágio e estacionamento somados ao preço do ingresso e eu iria três vezes).
Espero mais um pouco, mais um pouco e aí liguei o foda-se e pb nele!
Qualidade péssima da imagem, o som também deixava a desejar e acho que perdi um monte de coisas porque a imagem estava escura demais, mas consegui assistir o filme, e, confesso que fiquei um pouco decepcionado.

É um filme tipicamente Nolaniano: A esposa do protagonista morreu (inclusive em Batman, que no caso é a namorada Rachel, no segundo filme), Michael Caine está ali por algum motivo e existem efeitos especiais fantásticos para justificar conceitos tangencialmente científicos.

Não sei se foi a qualidade porca do vídeo que assisti, mas não gostei da fotografia do filme... Tudo bem que é difícil pra mim julgar qualquer filme com conceito espacial depois de 2001: Uma Odisseia no Espaço, mas, porra, 2001 é de 1968! Já temos ou deveríamos ter tecnologia para fazer algo, no mínimo tão bom quanto... E Gravidade do ano passado prova que estou certo.
Interestelar tem seus momentos, mas não vi aquele espetáculo fantástico que eu esperava. De novo, sei que a qualidade do vídeo pode contribuir, mas acho que as decisões do roteiro prejudicaram mais do que o pb.

Fiquei decepcionado com um roteiro, oras piegas, oras previsível e nunca coeso.
Uma praga que se alimenta de nitrogênio e está destruindo todo tipo de plantação? Um buraco negro em Saturno - que está emitindo um sinal para que os exploradores partam para lá? Viagem do tempo com mais wibbly-wobbly-timey-wimey...stuff que Doctor Who?
Quer dizer... Ficção científica que se preze não precisa se manter muito fixa nas amarras do contexto natural das coisas (Ray Bradbury que o diga), mas toda a alegoria de viagem espacial para um loooonga de quase três horas sobre a relação entre pai e filha - que acaba mal trabalhado...?

Acaba se perdendo sem rumo antes de construir uma mitologia rica, e acaba parecendo uma versão jogada do roteiro de Stanley Kubrick para 2001 (Saturno está lá, o robô inteligente está lá - só bem mais parecido com o Androide Paranoide que com Hal900 - e até um final/epílogo meio em aberto sobre o sucesso da ação do astronauta, só que, novamente, aqui uma mensagem mais otimista).

É uma pena.
Esperava bem mais, e achava sinceramente que era um dos candidatos a filme do ano...

Nenhum comentário:

Postar um comentário