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2 de outubro de 2014

TETRIS - O Filme

Sabe o que mais me assusta quando eu leio uma notícia?
O quanto eu tenho que pensar para digerir o que nela está contido.
Quer dizer "Falta água no cantareira por falta de investimentos" não é exatamente algo que me pareça novidade (afinal desde o primeiro curso na área ambiental já ouço disso, poxa, meus professores do ensino fundamental falavam que iria faltar água por falta...), mas quando surge algo como "Um estúdio está interessado em adaptar Tetris como filme"... Quer dizer...



Eu preciso repensar tudo que eu sei sobre como o mundo funciona para entender uma porra de notícia dessas.
Sério.
A física não faz mais sentido quando alguém tem tanto dinheiro que acha que faz sentido investir dinheiro numa adaptação cinematográfica de um jogo russo dos anos 80 sobre blocos caindo do céu para formar linhas - depois que adaptações caras renderam catastróficos fiascos como Battleship, que, pros mais desavisados é exatamente o terrível e chato jogo batalha naval.

Seria um longo e louco estratagema como de Mel Brooks em seu "Primavera para Hitler"?
Seria uma forma de lavar o dinheiro do senador Clay Davis (ou do Maluf)?
É obra do ET Bilu?

E o que mais me perturba - eu juro - é que mesmo que conseguissem o Dostoievski (se bem que é sci-fi que pretendem, e teria que ser um Bradbury ou Vonnegut mesmo) moderno para roteirizar o material, não é exatamente como se existissem camadas e camadas de subtexto para utilizar. São malditas peças em formatos diferentes que caem para serem usados na formação de linhas (e isso já é um simbolismo para o uso inteligente de recursos na solução de problemas cotidianos).

Ainda que dê para imaginar uma incrivelmente idiota produção musical-cômica para uma piada de dois minutos e meio, eu não consigo imaginar nada sério sendo produzido para adaptar Tetris.
Mas até aí também adaptaram Angry Birds como desenho animado - e num futuro próximo, filme...
Não é como se existisse um turbilhão de criatividade e novas ideias por aí, não é mesmo?

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