Muito se pode falar sobre "O Iluminado" de Stanley Kubrick... Muito mesmo (sério, veja a imagem abaixo do 'documentário' O Código do Iluminado, que apresenta que o filme é a confissão - através de códigos - da forja do pouso lunar em 1969).
E eu posso dizer, sem medo, que é a melhor performance de Jack Nicholson e figura fácil numa lista de melhores filmes de Terror de todos os tempos (que eu colocaria afrente de filmes como Eraserhead de David Lynch e O Bebê de Rosemary de Roman Polanski).
Alguns pontos importantes:
* Após o primeiro ato (da entrevista e a apresentação das instalações do hotel), note com os atores raramente contracenam uns com os outros. Inclusive, o isolamento se dá ainda mais claro pela câmera sempre tangenciando-os (nos diálogos de Duvall com Nicholson, a câmera normalmente fixa em apenas um dos atores), e é fácil notar que nesse ponto (já no hotel, isolados pela neve) que o filme segue três histórias: A de Jack Torrance (Nicholson no limiar da loucura, vendo os ecos de fantasmas dos dias de glória do hotel), a de Danny Torrance (o jovem Danny Lloyd deparando-se com a loucura ressonando através do hotel) e no fogo cruzado a pobre Wendy Torrance (Shelley Duvall - que chega ao final do filme se deparando com as atrocidades do local).
* Como é comum em obras de Kubrick (principalmente naquelas baseadas em livros) a adaptação é brutal ao ponto de desvirtuar descaradamente o conteúdo original... E como leitor de Stephen King (mas não fã boboca que não aceita crítica) é fácil ver que foi apenas para o melhor. Nada de plantas vivas (que de fato são vivas), o limiar do sobrenatural com a insanidade nunca é claro no filme (nos livros de King, isso é mais comum que o uso de vírgulas)...
* Só ocorre UM assassinato no filme todo (além de todos os outros relatados e que mostram as vítimas, é claro... Mas qualquer western trás beeeeeeem mais que isso).
Nenhum comentário:
Postar um comentário